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esperançamos

atido | adj.

Que se atém....


Que reconhece o seu antigo erro....


risonho | adj.

Que sorri, que tem o riso estampado no rosto, que tem ar de riso....


solaçoso | adj.

Que causa prazer ou consolo (ex.: só nos resta a solaçosa esperança)....


todavia | conj.

Usa-se para introduzir uma oposição ou restrição ao que foi dito (ex.: parece um caso desesperado, todavia não perdemos a esperança)....


Expressão usada para indicar esperança, equivalente a "enquanto há vida, há esperança"....


confiança | n. f.

Coragem proveniente da convicção no próprio valor....


diosma | n. f.

Género de plantas da família das rutáceas, originárias do Cabo da Boa Esperança....


ilusão | n. f.

Engano dos sentidos ou pensamento....


melântio | n. m.

Planta de raiz bulbosa do Cabo da Boa Esperança....


cinzentismo | n. m.

Falta de brilho, de vivacidade, de interesse ou de esperança (ex.: a intervenção do candidato primou pelo cinzentismo; as mudanças socioeconómicas tiraram o país do cinzentismo de então)....


perspectiva | n. f.

Arte de figurar no desenho as distâncias diversas que separam entre si os objectos representados....


criónica | n. f.

Processo de congelamento e acondicionamento de cadáver de pessoa recentemente falecida com esperança ou intenção de, num momento futuro e com o desenvolvimento científico, poder ser restaurada a vida....




Dúvidas linguísticas



Diz-se o meu cabelo foi corto ou o meu cabelo foi cortado?
O verbo cortar apenas admite o particípio passado cortado, pelo que, das frases que refere, a única correcta é o meu cabelo foi cortado.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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