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escritores

amiúde | adv.

Com frequência; muitas vezes (ex.: o escritor assume, amiúde, um tom paternalista)....


Relativo a Miguel de Cervantes (1547-1616), escritor espanhol, ou à sua obra....


multiface | adj. 2 g.

Que apresenta várias faces....


provecto | adj.

Que tem feito progresso (ex.: aluno provecto)....


Que tem, pelas suas aventuras extraordinárias ou inverosímeis, semelhança com a figura de Rocambole, herói aventureiro do escritor francês Ponson du Terrail (1829-1871) (ex.: história rocambolesca)....


Que é relativo ou se assemelha a Werther, personagem do romance A paixão do jovem Werther, do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) (ex.: sentimentalismo wertheriano)....


faustiano | adj.

Que é relativo ou se assemelha a Fausto, personagem de uma obra do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)....


fáustico | adj.

Relativo a Fausto, personagem de uma das obras do escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)....


cervantino | adj.

Relativo a Miguel de Cervantes (1547-1616), escritor espanhol, ou à sua obra (ex.: narrativa cervantina)....


Muitas coisas em poucas palavras (ex.: os melhores escritores são os que sabem dizer multa paucis)....


Muitas coisas em poucas palavras (ex.: os melhores escritores são os que sabem dizer multum in parvo)....


Expressão atribuída por Plínio a Apeles, que dizia não passar um só dia sem traçar uma linha, isto é, sem pintar; aplica-se especialmente aos escritores....


Pouco, mas bom (ex.: este escritor não é fecundo, mas todos os seus livros são de primeira ordem: pauca, sed bona)....


Que é relativo ou se assemelha à figura do gigante Gargântua, personagem de François Rabelais (ex.: universo gargantuesco)....


ubuesco | adj.

Que é relativo ou se assemelha à figura do Pai Ubu, personagem de Alfred Jarry (ex.: personagem ubuesca)....


carlyliano | adj.

Relativo a Thomas Carlyle (1795-1881), escritor e historiador escocês, à sua obra ou ao seu estilo (ex.: herói carlyliano)....


verniano | adj.

Relativo ao escritor francês Jules Verne ou Júlio Verne (1828-1905) ou à sua obra (ex.: imaginário verniano)....


escriba | n. m. | n. 2 g.

Doutor da lei (entre os judeus)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a maior palavra da língua portuguesa.
As línguas vivas são capazes de produzir, sem limitações, palavras novas. Não é muito normal haver palavras excessivamente longas, mas elas também acontecem, principalmente com neologismos. Quando pertinente, essas palavras são registadas por dicionários e outras obras de referência que as atestam. Aparentemente (isto é falível), a maior palavra registada num dicionário de português é pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico, no Dicionário Houaiss. Este adjectivo é relativo a uma doença pulmonar chamada pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiose. A produtividade da língua é demonstrada no facto de este adjectivo, como outros, poder potencialmente formar um advérbio de modo em -mente, cuja forma seria ainda maior do que aquela registada naquele dicionário: pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconioticamente.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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