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ensoparão

empapado | adj.

Reduzido a papa; ensopado; embebido....


lama | n. f.

Conjunto de matérias soltas do solo ensopadas em água....


ensopado | adj. | n. m.

Bem molhado....


ragu | n. m.

Qualquer guisado ou ensopado, geralmente com bastante molho (ex.: ragu de legumes)....


muamba | n. f.

Tipo de cesto para transportar mercadorias....


maxixada | n. f.

Ensopado em que há muito maxixe....


afogar | v. tr. | v. intr.

Fazer morrer debaixo de água....


embeber | v. tr. | v. pron.

Ensopar, sorver, recolher em si (um líquido)....


empapar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Embeber; ensopar....


ensopar | v. tr. | v. pron.

Pôr (o pão) a abeberar....


repassar | v. tr. | v. intr. e pron.

Passar de novo; penetrar....


encharcado | adj.

Que se molhou ou ficou cheio de água (ex.: pôs a camisa encharcada a secar)....


aboborar | v. tr., intr. e pron. | v. tr. | v. tr. e intr.

Pôr ou ficar mole....


ensopadeira | n. f.

Recipiente largo, geralmente de louça ou metal, usado para levar a sopa à mesa....


abeberar | v. tr. e pron. | v. pron.

Levar a beber ou saciar a própria sede (ex.: abeberar o gado; os animais abeberavam-se no riacho)....



Dúvidas linguísticas



"Rastreabilidade" pode ou não ser usada em português correcto?
A palavra rastreabilidade (com o significado “qualidade do que é rastreável”), apesar de não se encontrar registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição, apresenta uma formação correcta (de acordo com o paradigma -ável / -abilidade), pelo que o seu uso é possível. O adjectivo rastreável (de rastrear + sufixo -ável), apesar da sua formação correcta e da sua relativa frequência, apenas se encontra registado no Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras.



Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.


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