Principal
Pesquisa nas Definições
Sobre
Como consultar
Abreviaturas
Gramática
Toggle dark mode
Principal
Sobre
Pesquisa nas Definições
Como consultar
Abreviaturas
Gramática
Escolha o modo pretendido
Toggle dark mode
PT
BR
Definições
Acordo Ortográfico de 1990
Destacar grafias alteradas
Usar Acordo Ortográfico
Antes
Depois
Variedade do Português
Norma europeia
Norma brasileira
Importante:
as definições acima são guardadas em cookies. Se os cookies não forem permitidos, esta janela aparecerá sempre que visitar o site.
Cancelar
Guardar
Mais pesquisadas do dia
significa
jubileu
sacar
entrar
receber
acompanhante
depósito
bênçãos
bônus
ceia
renasça
saque
idem
instalar
recíproco
plataforma
disponível
registro
próspero
gostosa
Pesquisa nas Definições por:
desagendo
desagendar
| v.
...
Dúvidas linguísticas
perturba-o ou perturba-lhe
Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.
No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (
o, os, a, as
, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (
lhe, lhes
, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.:
comeu a sopa = comeu-a
) ou um objecto indirecto (ex.:
respondeu ao professor = respondeu-lhe
); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.:
deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha
).
O verbo
perturbar
, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.:
a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos
), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.:
a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o
) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.
Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.
regência dos verbos gostar e querer
Gostaria de saber a diferença entre os verbos
gostar
e
querer
, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo
gostar
é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição
de
ou das suas contracções (ex.:
As crianças
gostam
de
brincar
;
Eles
gostavam
muito
dos
primos
;
Não
gostou
nada
daquela
sopa
; etc.). Este uso preposicionado do verbo
gostar
nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em
O casaco (de) que tu gostas está em saldo
, ou orações completivas finitas, como em
Gostávamos (de) que ficassem para jantar
. Nestes casos, a omissão da preposição
de
tem vindo a generalizar-se.
O verbo
querer
é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.:
Quero
um vinho branco
;
Ele sempre
quis
ser cantor
;
Estas plantas
querem
água
;
Quero
que eles sejam felizes
; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.:
Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito
), sobretudo no português do Brasil.
Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o
Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses
(Coimbra: Almedina, 1994), o
Dicionário de Verbos e Regimes
, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra
12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois
, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
(edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O
Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea
(Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.
Ver todas
Palavra do dia
natalino
natalino
(
na·ta·li·no
na·ta·li·no
)
adjectivo
adjetivo
Relativo à época do Natal (ex.:
enfeites natalinos
).
=
NATALÍCIO
Origem etimológica:
natal + -ino
.