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derreavas

derreado | adj.

Que não pode endireitar as costas....


estafado | adj.

Que se estafou; que não tem forças....


rengo | n. m. | adj.

Tecido transparente, aplicado principalmente em bordados....


derreador | adj. n. m.

Que ou aquele que derreia....


alancar | v. tr. | v. intr.

Derrear com o peso da carga a um lado....


derrear | v. tr. | v. pron.

Fazer (com grandes pesos ou pancadas) com que não se possam endireitar as costas....


desancar | v. tr.

Derrear (com pancadas)....


desasar | v. tr.

Cortar ou inutilizar as asas a....


descadeirar | v. tr. e pron. | v. tr. | v. pron.

Provocar ou sentir dores nas cadeiras ou nas ancas (ex.: o exercício físico descadeirou-o; descadeira-se sempre que corre)....


papa | n. f.

Alimento de consistência cremosa, feito de farinha cozida em água ou leite (ex.: papas de milho)....


alombar | v. tr. e intr. | v. tr. | v. intr.

Fazer curvo como o lombo....


pegão | n. m.

Emplastro de pez, fortemente adesivo, que se aplica sobre os quadris de animais derreados....


estropiar | v. tr.

Aleijar, mutilar (um membro)....



Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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