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carbônico

frisante | adj. 2 g.

Que tem gás carbónico misturado (ex.: bebida frisante; vinho frisante)....


dióxido | n. m.

Óxido que contém dois átomos de oxigénio....


uretano | n. m.

Éter carbónico....


Determinação da quantidade de gás carbónico expelido pela respiração....


gasosa | n. f.

Bebida refrigerante saturada de ácido carbónico....


vinificador | n. m.

Aparelho para impedir o contacto do ar com o vinho, mas que permite o desenvolvimento do gás carbónico nos vinhos novos....


zímase | n. f.

Enzima da levedura da cerveja que provoca a decomposição da glicose em álcool e gás carbónico na fermentação alcoólica....


anidrido | n. m.

Termo genérico de certos compostos que ao contacto da água produzem ácido....


normocapnia | n. f.

Existência de dióxido de carbono ou de ácido carbónico no sangue em valores considerados normais....


respiração | n. f.

Fenómeno da absorção diurna e da expulsão nocturna do ácido carbónico pelas plantas....


venoso | adj.

Diz-se do sangue rico em anidrido carbónico, que, na pequena circulação, circula nas veias até à aurícula direita do coração e, na grande circulação, sai do ventrículo direito e vai pelas artérias e arteríolas até aos pulmões para ser oxigenado....


Que se combinou com anidrido carbónico (ex.: bebida carbonatada)....


carbonificar | v. tr. e pron. | v. tr.

Misturar gás carbónico em (ex.: carbonificar bebidas)....


gaseificar | v. tr.

Misturar gás carbónico em....


gasificar | v. tr.

Misturar gás carbónico....


vinho | n. m.

Vinho produzido sem adição de açúcar, de álcool ou de gás carbónico, geralmente usado à refeição para acompanhar os pratos que precedem a sobremesa....


Que se gaseificou ou que tem gás carbónico misturado (ex.: bebida gaseificada)....


gasificado | adj.

Que se gaseificou ou que tem gás carbónico misturado (ex.: água gasificada)....


gaseificador | adj. | n. m.

Aparelho que mistura gás carbónico em algum líquido (ex.: gaseificador de água)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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