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candidatais

vincituro | adj.

Que há-de vencer (ex.: candidato vincituro; exército vincituro)....


Sem grandes recursos ou posses; com pouco dinheiro (ex.: as pessoas da aldeia eram pobres e viviam muito simplesmente)....


ad hominem | loc.

Que é relativo à pessoa (ex.: o candidato desferiu um ataque ad hominem contra o adversário)....


quer | conj. coord. | conj. disj.

Usa-se, com repetição, para indicar uma coordenação (ex.: o candidato tem larga experiência, quer administrativa, quer comercial)....


pulga | n. f.

Insecto afaníptero que se alimenta do sangue do homem e de outros animais....


vivório | n. m.

Grande número de vivas em aclamação ou aplauso (ex.: os populares acompanhavam o candidato pela praça em grande vivório)....


colegiado | adj. | n. m.

Que está reunido em colégio....


cinzentismo | n. m.

Falta de brilho, de vivacidade, de interesse ou de esperança (ex.: a intervenção do candidato primou pelo cinzentismo; as mudanças socioeconómicas tiraram o país do cinzentismo de então)....


oba-oba | n. m.

Festa, comemoração ou manifestação de alegria em relação a alguma coisa (ex.: a julgar pelo oba-oba em torno do candidato, ele já ganhou)....


neocomunista | adj. 2 g. | n. 2 g.

Relativo ao neocomunismo (ex.: candidato neocomunista)....


comício | n. m.

Reunião pública, geralmente ao ar livre, em que se tecem críticas ou louvores de cariz social e político ou na qual um candidato a cargo político se apresenta aos seus apoiantes e procura conquistar votos....


Documento que apresenta o resumo das principais informações biográficas e profissionais sobre um candidato a um cargo; currículo resumido (ex.: a empresa pede um minicurrículo de, no máximo, 170 palavras)....


Atribuição de um óscar; acto ou efeito de oscarizar (ex.: candidata à oscarização)....


Nova candidatura a algo a que já se tinha candidatado anteriormente....


postulantado | n. m.

Tempo de provação e preparação que precede o noviciado, cumprido por um ou uma postulante candidato a noviço ou noviça de uma ordem religiosa....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se a palavra conscientizar existe. Temos tido algum debate sobre isso porque, apesar de muito usada, não consta aqui no dicionário.
O verbo conscientizar encontra-se registado no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Este verbo é formado através da adjunção do sufixo -izar (que é muito produtivo na formação de verbos) ao adjectivo consciente, para obter o significado "tornar consciente" ou "fazer perceber". Este verbo é sinónimo de consciencializar, que, por sua vez, se forma pela adjunção do mesmo sufixo -izar ao adjectivo consciencial (adjectivo pouco usado, que designa aquilo que é relativo à consciência). Pesquisas em corpora e motores de busca na internet parecem indicar que o verbo conscientizar é mais usado no Brasil e que o verbo consciencializar é mais usado em Portugal.



A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).


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