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aparvalho

abananado | adj.

Que tem forma semelhante à da banana....


amalucado | adj.

Que parece maluco; que é quase maluco....


aloilado | adj.

Que é ou parece um pouco tolo; que tem modos de tolo....


alorpado | adj.

Um tanto lorpa; apalermado, aparvalhado....


Que é um tanto parvo, idiota, no comportamento ou no aspecto....


aparvoado | adj.

Que é meio parvo; que se aparvoou....


esparvoado | adj.

Que é um pouco parvo (ex.: comentários esparvoados)....


mamota | n. 2 g. | n. f.

Pessoa atoleimada, aparvalhada....


zoeira | n. f. | n. 2 g.

Ruído confuso ou constante (ex.: saí do concerto com uma zoeira na cabeça)....


pacóvio | adj. n. m.

Que ou quem é considerado ingénuo ou aparvalhado....


mandu | n. 2 g. | adj. 2 g. n. 2 g.

Espécie de peixe....


atoleimado | adj. n. m.

Que ou quem é ou parece um pouco tolo; que ou quem tem modos de tolo....


zuco | adj.

Que mostra ingenuidade extrema ou falta de inteligência....


abananar | v. tr. | v. pron.

Aturdir, aparvalhar....


aboleimar | v. tr. e pron.

Dar ou ficar com feitio de boleima ou de bolo....


apalermar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se palerma....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.

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