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albardaria

xerga | n. f.

Tecido grosseiro de lã....


albarda | n. f.

Sela grosseira para bestas de carga....


albardada | n. f.

Fatia feita de pão envolta em ovo e coberta de açúcar....


albardão | n. m.

Albarda própria para montar....


albardeira | n. f.

Agulha usada para coser albardas....


cilha | n. f.

Cingidouro para a sela ou albarda....


enxalmo | n. m.

Manta ou qualquer cobertura ou objecto que se põe por cima da albarda, seja para a cobrir, seja para endireitar a carga....


enxerga | n. f.

Espécie de colchão de palha....


rabiça | n. f.

Rabo do arado que o lavrador empunha quando trabalha com ele para lavrar a terra....


tomadura | n. f.

Ferida feita na cavalgadura pelo roçar da albarda, da sela ou de um tirante....


albardar | v. tr. | v. pron.

Aparelhar a besta de carga....


aldrabar | v. tr.

Fechar com aldraba....


aldrabar | v. tr. | v. intr.

Executar mal (qualquer coisa)....


albardeiro | adj. n. m. | adj.

Que o quem faz ou vende albardas ou selas grosseiras....


estraga-albardas | n. m. 2 núm.

Pessoa estouvada, extravagante, dissipadora....


retranca | n. f.

Correia que impede a albarda ou sela de escorregar para diante....



Dúvidas linguísticas



Se seis meses é um semestre, como se designam cinco meses?
Tal como é referido na resposta quinquimestral, o prefixo de origem latina quinqui- (que indica a noção de “cinco”) é bastante produtivo, sendo possível formar a palavra quinquimestre para designar um período de cinco meses. Esta palavra não se encontra registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas a sua formação respeita as regras morfológicas da língua portuguesa.



Como se designam as palavras que derivam do mesmo étimo latino como mágoa, mancha e mácula?
As palavras mágoa, mancha e mácula (a este grupo poderia acrescentar-se as palavras malha e mangra) são exemplos de palavras divergentes, isto é, palavras com o mesmo étimo latino (macula, -ae) que evoluiu para várias formas diferentes. Neste caso específico, as palavras mágoa, mancha, malha ou mangra chegaram ao português por via popular, apresentando cada uma delas diferentes fenómenos regulares de evolução: mágoa sofreu a queda do -l- intervocálico e a sonorização do -c- intervocálico (macula > *macua > *magua > mágoa); mancha sofreu a nasalização do primeiro -a-, a queda do -u- intervocálico e a palatalização do grupo consonântico -cl- (macula > *mãcula > *mãcla > mancha); malha sofreu a queda do -u- intervocálico e a palatalização do grupo consonântico -cl- em -lh- (macula > *macla > malha); mangra sofreu a nasalização do primeiro -a-, a queda do -u- intervocálico, o rotacismo do -l- e a sonorização do -c- (macula > *mãcula > *mãcla > *mãcra > mangra). A palavra mácula chegou ao português por via erudita, apresentando uma forma quase idêntica ao étimo latino.

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