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Velamos

velado | adj.

Coberto com véu....


vígil | adj. 2 g.

Que vela ou que vigia....


velívago | adj.

Que veleja; que navega à vela....


linguovelar | adj. 2 g.

Que é produzido com a aproximação da língua ao palato mole....


tufado | adj.

Que se tufou ou inchou; cujo volume aumentou (ex.: passava um barco de velas tufadas)....


abaderna | n. f.

Cada um dos arrebéns onde se fixam os colhedores das velas....


barinel | n. m.

Antiga embarcação pequena, à vela e a remos, anterior à caravela....


bandola | n. f.

Cinto para prender o polvorinho ou a cartucheira para a caça....


batedouro | n. m.

Pedra em que as lavadeiras batem a roupa, lavando-a....


calmaria | n. f.

Cessação do vento e do movimento das ondas....


cambona | n. f.

Mudança rápida e simultânea da direcção das velas....


empunidouro | n. m.

Cada um dos garrunchos em que passam as empuniduras quando as velas entram nos rizes....


empunidura | n. f.

Cabo com que se amarra a vela quando esta se introduz nos rizes....


encabeço | n. m.

Pedaço de pano com que se encabeçam as velas....


escota | n. f.

Cabo com que se governam as velas....


gacheta | n. f.

Conjunto de tranças de fio de carreta para ferrar amarras....


gajeiro | n. m. | adj.

Marinheiro encarregado de um dos mastros dos navios à vela (ex.: o gajeiro subiu à gávea)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber algo sobre a palavra tauba, pois ouvi dizer que a palavra não está errada, mas achei em dicionário algum... Então fiquei em dúvida se ela é uma palavra nativa da língua portuguesa, ou é uma forma errada de pronunciá-la!
A palavra tauba não se encontra averbada em nenhum dicionário de língua portuguesa por nós consultado e o seu uso é desaconselhado na norma portuguesa. Trata-se de uma deturpação por metátese (troca da posição de fonemas ou sílabas de um vocábulo) da palavra tábua. Essa forma deturpada é usada em registos informais ou populares de língua, mais característicos da oralidade.

Regra geral, os dicionários registam o léxico da norma padrão, respeitando a ortografia oficial e descurando as variantes dialectais e populares. Ao fazê-lo, demarca-se o português padrão, aquele que é ensinado oficialmente, do português não padrão, aquele que se vai mantendo por tradição oral, em diferentes regiões do espaço lusófono. Ainda assim, há alguns exemplos deste português não padrão que se encontram registados em dicionários da língua padrão, seja porque surgem com alguma frequência em textos literários, seja porque se generalizaram em alguns estratos, seja para reencaminhar o consulente para a forma correcta. Tal acontece em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), que regista, por exemplo, palavras como açucre, fror, frechada, prantar, pregunta, preguntar ou saluço a par das formas oficiais açúcar, flor, flechada, plantar, pergunta, perguntar, soluço, ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, que regista palavras como bonecra, noute e aguantar a par das formas boneca, noite e aguentar.




Tenho, há algum tempo, uma "discussão" com uma amiga relativamente à palavra "espilro". Eu digo que esta palavra existe há muito, muito tempo, ao passo que a minha amiga diz que só passou a existir segundo o novo acordo ortográfico. Podem ajudar a esclarecer-nos?
Não encontrámos uma datação para a palavra espilro, mas esta palavra (e o verbo de que deriva regressivamente, espilrar), provém de uma epêntese em espirro (espirro > espilro) e não terá com certeza surgido como consequência do novo Acordo Ortográfico. Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966) regista espilrar e espilro, afirmando que se trata de um registo popular. Idêntica informação é fornecida pelo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.

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