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Parábola

Que encerra figura ou parábola; que afigura....


cónica | n. f.

Lugar dos pontos em que a relação das distâncias a um ponto (foco) e a uma recta (directriz) tem um dado valor (excentricidade). [É uma elipse, uma parábola ou uma hipérbole, conforme a excentricidade for inferior, igual ou superior à unidade.]...


helicóide | adj. 2 g. | n. m. ou f.

Curva produzida pelo enrolamento da parábola à volta de um círculo....


foco | n. m.

Ponto situado no eixo da parábola, distante do vértice um quarto do parâmetro....


parábola | n. f.

Narração alegórica que envolve algum preceito de moral, alguma verdade importante....


parabolista | n. 2 g.

Pessoa que expõe por parábolas....


parabolóide | n. m. | adj. 2 g.

Superfície gerada por uma parábola que se move sobre outra em plano diferente....


samaritano | adj. | n. m. | adj. n. m.

Modelo de bondade e caridade, a partir de uma parábola bíblica de Jesus Cristo....


nescio vos | loc.

Palavras de uma parábola do Evangelho São Mateus, que se empregam habitualmente como fórmula de recusa....


Palavras na parábola do festim e dos convidados que se recusam a entrar; empregam-se quando se trata de coagir alguém a fazer uma coisa que lhe pode ser útil....


Palavras que, no Evangelho, se encontram muitas vezes em seguida às parábolas de Cristo; empregam-se para recomendar que se não despreze o conselho ou advertência que se ouviu....


aparabolar | v. tr.

Apresentar sob a forma de parábola....


peccavi | interj.

Exclamação do rei David, depois de confundido pela parábola do Rico e do Pobre do profeta Natã; emprega-se para significar que se confessam os erros....


símile | n. m. | adj. 2 g.

Parábola....


Que se apresenta sob forma de parábola; que se parabolizou....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.

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