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Dia

Diz-se dos dias que não têm ofício próprio....


alcióneo | adj.

Os sete dias que precedem e os sete que seguem o solstício do Inverno, durante os quais se dizia que o alcião fazia o seu ninho, por estar então geralmente sossegado o mar....


alvinho | adv.

De madrugada, ao romper do dia....


antelucano | adj.

Que se faz antes de romper o dia....


anteontem | adv.

No dia que precedeu o dia de ontem....


canicular | adj. 2 g.

Que é excessivamente quente (ex.: dia canicular)....


crástino | adj.

Relativo ao dia de amanhã ou ao dia seguinte....


equinocial | adj. 2 g.

Diz-se da flor que cada dia abre e fecha a horas determinadas....


exaustivo | adj.

Que cansa até à exaustão (ex.: dia exaustivo)....


ferial | adj. 2 g.

Relativo aos dias da semana, aos dias não festivos....


hesterno | adj.

Relativo a ontem ou ao dia anterior....


hodierno | adj.

Do dia de hoje; de agora....


noveno | adj.

Diz-se do nono dia de uma doença....


noctifloro | adj.

Diz-se das plantas cujas flores se abrem ao anoitecer e se fecham com o dia....


nicles | adv. | pron. indef.

Expressa negação; de modo nenhum (ex.: o gato dorme o dia todo, mas caçar, nicles)....


quinzenal | adj. 2 g.

Que acontece ou que se faz de 15 em 15 dias....


Destinado ao culto ou a uma celebração religiosa, correspondo por vezes a um feriado (ex.: dia santificado)....


trabalhado | adj.

Em que se trabalhou (ex.: dias trabalhados)....



Dúvidas linguísticas



Pretendo saber o significado de res extensa e ego cogitans.
Res extensa e ego cogitans (ou res cogitans) são expressões utilizadas pelo filósofo francês Descartes (1596-1650) para designar, respectivamente, a matéria ou o corpo (“coisa extensa”) e o espírito ou a mente (“eu pensante” ou “coisa pensante”).



Pretendo saber como se lê a palavra ridículo. Há quem diga que se lê da forma que se escreve e há quem diga que se lê redículo. Assim como as palavras ministro e vizinho, onde também tenho a mesma dúvida.
A dissimilação, fenómeno fonético que torna diferentes dois ou mais segmentos fonéticos iguais ou semelhantes, é muito frequente em português europeu.

O caso da pronúncia do primeiro i não como o habitual [i] mas como [i] (idêntico à pronúncia de se ou de) na palavra ridículo é apenas um exemplo de dissimilação entre dois sons [i].

O mesmo fenómeno pode acontecer nos casos de civil, esquisito, feminino, Filipe, imbecilidade, medicina, militar, milímetro, ministro, príncipe, sacrifício, santificado, Virgílio, visita, vizinho (o segmento destacado é o que pode sofrer dissimilação), onde se pode verificar que a modificação nunca ocorre na vogal da sílaba tónica ou com acento secundário, mas nas vogais de sílabas átonas que sofrem enfraquecimento.

A este respeito, convém referir que alguns dicionários de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa (Verbo, 2001) ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa (Porto Editora, 2004), apresentam transcrição fonética das palavras. Podemos verificar que nestas obras de referência, a transcrição não é uniforme. No dicionário da Academia das Ciências, estas palavras são transcritas de forma quase sistemática sem dissimilação, mas a palavra príncipe é transcrita como prínc[i]pe. No dicionário da Porto editora, algumas destas palavras são transcritas com e sem dissimilação, por esta ordem, como em feminino, medicina, militar, ministro ou vizinho, mas a palavra esquisito é transcrita com a forma sem dissimilação em primeiro lugar, enquanto as palavras civil, príncipe, sacrifício e visita são transcritas apenas sem dissimilação.

Em conclusão, nestes contextos, é possível encontrar no português europeu as duas pronúncias, com e sem dissimilação, sendo que em alguns casos parece mais rara e noutros não. A pronúncia destas e de outras palavras não obedece a critérios de correcção, pois não se trata de uma pronúncia correcta ou incorrecta, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto ou o sociolecto do falante. Assim, nos exemplos acima apresentados é igualmente correcta a pronúncia dos segmentos assinalados como [i] ou [i].


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