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Boa-fé

putativo | adj.

Que foi feito ou contraído indevidamente, mas de boa-fé, por ignorância dos motivos que o invalidam (ex.: casamento putativo)....


abofé | adv.

Em boa-fé; à boa-fé....


bona fide | loc.

De boa fé (ex.: Proceder ou enganar-se, bona fide)....


exploração | n. f.

Abuso da boa-fé, da situação precária, da ignorância (de alguém, para auferir interesses)....


bofé | adv.

Em verdade, francamente; à boa-fé....


lisura | n. f.

Honradez, boa-fé....


verdade | n. f.

Conformidade da ideia com o objecto, do dito com o feito, do discurso com a realidade....


charlatão | adj. n. m.

Que ou quem explora a boa-fé do público, inculcando os próprios méritos e erudição para enganar....


bofá | adv.

Em verdade, francamente; à boa-fé....


zarpar | v. tr. e intr.

Abusar da boa-fé de....


boa-fé | n. f.

Intenção pura....


má-fé | n. f.

Intenção de quem, de forma dissimulada e consciente, pretende causar dano....


desfrutar | v. tr.

Fazer troça de (alguém, parecendo estar de boa-fé)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




O uso da palavra empoderamento como tradução para empowerment é correto, ou trata-se de neologismo? A palavra apoderamento tem o sentido reflexivo do verbo apoderar-se, que não encontramos no verbo to empower e seu significado. Qual o melhor termo para traduzir a expressão do inglês, para a qual encontrei o sentido de investir de poder ou autoridade legal; suprir com uma habilidade, habilitar?
O substantivo apoderamento parece realmente distinto de empoderamento, já que é a acção de se apoderar, de tomar posse.

Pesquisas feitas em corpora e em motores de busca da Internet em língua portuguesa revelam que o uso de empoderamento, adaptação do inglês empowerment, é já bastante generalizado, razão que pode ter estado na origem da inclusão do termo no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), onde é definido como "obtenção, alargamento ou reforço de poder". Este neologismo, cuja formação respeita as regras morfológicas da língua portuguesa, refere-se maioritariamente ao aumento da força política, social ou económica de grupos alvo de discriminação (étnica, religiosa, sexual ou outra). Na esfera individual, refere-se ao desenvolvimento das capacidades de um indivíduo, à sua realização pessoal.

Quanto ao verbo inglês to empower (cuja adaptação dá origem ao verbo empoderar), para além dos sentidos de "autorizar" e de "proporcionar", ele também significa "promover a afirmação ou a influência", segundo o dicionário inglês Merriam-Webster Online. Novamente, pesquisas em corpora e em motores de busca atestam a utilização de diversas formas do verbo empoderar.


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