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Corpinho

A forma Corpinhopode ser [derivação masculino singular de corpocorpo] ou [nome masculino].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
corpinhocorpinho
( cor·pi·nho

cor·pi·nho

)


nome masculino

1. Corpo pequeno.

2. [Vestuário] [Vestuário] O mesmo que corpete.

etimologiaOrigem etimológica:corpo + -inho.
corpocorpo
|cô| |cô|
( cor·po

cor·po

)
Imagem

EncadernaçãoEncadernação

Parte de um livro que contém todos os cadernos ou folhas, excluindo a capa e a contracapa.


nome masculino

1. Tudo o que ocupa espaço e constitui unidade orgânica ou inorgânica.

2. O que constitui o ser animal (vivo ou morto).

3. Cadáver.

4. Tronco humano.

5. Parte do vestuário que cobre o tronco.

6. Parte principal ou central de certos objectos.

7. Classe de indivíduos da mesma profissão (ex.: corpo docente, corpo estudantil). = CORPORAÇÃO, GRUPO

8. Grupo de pessoas que forma uma das entidades responsáveis por um serviço ou função, numa instituição (ex.: corpos gerentes; corpos sociais). = ÓRGÃO

9. Grupo, multidão.

10. Regimento.

11. Grande divisão de um exército que opera conjuntamente.

12. Colecção.

13. Consistência, grossura.

14. Densidade.

15. [Figurado] [Figurado] Contexto; base; importância.

16. [Encadernação] [Encadernação] Parte de um livro que contém todos os cadernos ou folhas, excluindo a capa e a contracapa.Imagem = MIOLO

17. [Tipografia] [Tipografia] Calibre da altura dos caracteres tipográficos.

18. [Anatomia] [Anatomia] Parte principal de um osso ou músculo.


corpo a corpo

Com encontro directo dos corpos de duas ou mais pessoas, geralmente em confronto (ex.: luta corpo a corpo).

corpo caloso

[Anatomia] [Anatomia]  Tecido medular que une os hemisférios do cérebro.

corpo cavernoso

[Anatomia] [Anatomia]  Cada uma das estruturas em forma de coluna no pénis ou no clítoris, compostas de tecido eréctil cavernoso.

corpo celeste

[Astronomia] [Astronomia]  Massa de matéria no espaço sideral, cujo tamanho pode ir desde o tamanho dos pequenos asteróides, passando pelos planetas, até à grandes estrelas.

corpo cetónico

[Bioquímica] [Bioquímica]  Cada uma das substâncias produzidas no processo de degradação dos ácidos gordos no organismo.

corpo da obra

[Encadernação] [Encadernação]  Texto de uma obra sem os elementos acessórios (guardas, costura, etc.).

corpo de delito

[Direito] [Direito]  Verificação da existência de um crime e suas circunstâncias.

[Direito] [Direito]  Documento que o descreve.

corpo esponjoso

[Anatomia] [Anatomia]  Estrutura em forma de coluna no pénis ou no clítoris, composta de tecido eréctil esponjoso.

corpo gerencial

O mesmo que corpos sociais.

corpo negro

[Física] [Física]  O que absorve totalmente qualquer radiação electromagnética que incida sobre ele, mas que não reflecte nenhuma.

corpos gerentes

O mesmo que corpos sociais.

corpos sociais

Conjunto de pessoas que formas os vários órgãos responsáveis pela administração de uma empresa ou de uma associação (ex.: os corpos sociais da associação incluem a direcção, a assembleia geral e o conselho fiscal). = ÓRGÃOS SOCIAIS

corpo vítreo

[Anatomia] [Anatomia]  Substância gelatinosa e transparente que ocupa o fundo do globo ocular por trás do cristalino. = HUMOR VÍTREO

dar de corpo

Defecar.

em corpo

Sem xaile ou sem capa.

em corpo bem feito

Sem agasalho.

meio corpo

Da cintura para cima.

tomar corpo

Tomar consistência, principiar a ter visos de verdade.

vistoPlural: corpos |có|.
etimologiaOrigem etimológica:latim corpus, -oris.
iconPlural: corpos |có|.
CorpinhoCorpinho


Dúvidas linguísticas



Qual a preposição que deve seguir-se ao nome contradança: entre ou de?
Dependendo dos contextos em que é usada, a palavra contradança pode ser seguida das preposições de ou entre: quando se quer fazer referência ao tipo, é geralmente seguida da preposição de (ex.: contradança de Entrudo, contradança de salão), quando se quer fazer referência aos participantes, é seguida da preposição de ou da preposição entre (ex.: contradança de pares ou contradança entre pares).



Tenho assistido a várias discussões sobre as palavras escoteiro/escuteiro e sobre escotismo/escutismo e gostaria de uma explicação linguística. São sinónimos ou são coisas diferentes?
Relativamente ao uso geral da língua, as palavras escoteiro/escuteiro e escotismo/escutismo correspondem a dois pares de sinónimos, a que se podem juntar outros pares como escotista/escutista ou escoteirismo/escuteirismo. Qualquer delas está correcta ortograficamente e pode dizer-se que são pares de variantes gráficas homófonas.

A discussão que se gera à volta delas decorre essencialmente do registo lexicográfico destas palavras (ou da ausência dele) ou de visões ligeiramente diferentes do chamado movimento escutista (ou escotista).

Para compreendermos melhor os argumentos utilizados, é necessário fazer alguma pesquisa, não tanto linguística, mas acerca da história do próprio movimento escutista em Portugal, que permita perceber o motivo da existência destas variantes (no Brasil, o problema não se coloca, pois as variantes com -u- são consideradas lusismos). Para isso, é esclarecedora a breve nota a que podemos aceder no sítio da Associação de Escoteiros de Portugal, que nos apresenta brevemente a história do movimento, salientando que esta foi a primeira associação de Portugal que utilizou a palavra escoteiro, já existente na língua e com o significado de "pessoa que viaja sem bagagem", para traduzir o inglês scout. Só mais tarde apareceu o Corpo Nacional de Escutas, movimento católico que assumiu uma dimensão maior e que, para a tradução de scout, utilizou a palavra escuta (de que depois derivaram escuteiro e escutista), já existente na língua como derivado regressivo do verbo escutar.

Sem ter a pretensão de fazer um levantamento exaustivo na lexicografia portuguesa, podemos verificar no Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado que a palavra escoteiro está documentada na língua desde o séc. XVI em Lendas da Índia por Gaspar Correia, publicadas pela Ordem da Classe de Ciências Morais, Políticas e Belas Letras da Academia Real das Ciências de Lisboa, sob a direcção de Rodrigo José de Lima Felner, 1858: "…tudo puderam bem carregar, ficando os homens escoteiros e despejados para andar o caminho". O registo da acepção que diz respeito aos membros de movimentos semelhantes àquele que foi criado por Baden-Powell é bem mais recente.

Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), referência importante para a lexicografia portuguesa, considera escoteiro, escotismo e escotista como variantes brasileiras de escuteiro, escutismo e escutista, respectivamente. Nesta opção, segue o que está no Vocabulário Ortográfico Resumido da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Imprensa Nacional de Lisboa, 1947).

Também o dicionário de Cândido de Figueiredo regista escoteiro como brasileirismo, na acepção que aqui nos interessa e as formas escuta e escuteiro como as preferenciais em Portugal. De notar que estamos a falar da edição coordenada por Rui Guedes (25.ª ed., 1996), pois em edições antigas, nomeadamente na edição de 1913, por exemplo, apenas consta a entrada escoteiro, com a acepção "aquele que viaja sem bagagem".

José Pedro Machado, nas várias edições do Grande Dicionário da Língua Portuguesa (por exemplo, Lisboa: Amigos do Livro, 1981 e Lisboa: Círculo de Leitores, 1991), outra grande referência na lexicografia portuguesa, regista também escuteiro (assinalando neste verbete, que "No Brasil, usa-se a forma escoteiro"), escutismo e escutista (nestes dois últimos verbetes, confrontando com as formas em -o- para avisar o consulente de que se trata de verbetes diferentes, não sinónimos). Curiosamente, não regista escuteirismo, mas sim escoteirismo, definindo-o de maneira bastante abrangente, de modo a incluir o movimento idealizado por Baden-Powell e qualquer movimento organizado em moldes semelhantes. Por outro lado, se no verbete escuteiro este dicionário assinala a forma escoteiro como brasileira, no verbete escoteiro, com o sentido sobre os qual nos debruçamos, não tem qualquer indicação de que se trata de brasileirismo, estando o verbete escoteiro definido, com etimologia e sem qualquer registo geográfico (o mesmo acontece com escotismo, que remete para escoteirismo).

O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Verbo, 2001), por sua vez, parece ser o primeiro a registar os vários pares de variantes gráficas, sem distinguir registos de língua pertinentes. Neste sentido apresenta a definição nas formas com -u-, por serem mais usuais, e uma remissão nas formas com -o-.

Por motivos diversos, quer etimológicos, quer históricos, estes pares de palavras surgiram na língua, à semelhança de muitos outros casos de variação, e podem ser considerados sinónimos, sem que haja motivo para considerar uma ou outra forma mais correcta do que outra. Adicionalmente, e sobretudo entre os membros ou simpatizantes do movimento escotista/escutista em Portugal, a distinção escoteiro ou escuteiro permite também distinguir, respectivamente, entre os membros da Associação de Escoteiros de Portugal (de cariz interconfessional) e os membros, bem mais numerosos, do Corpo Nacional de Escutas (de cariz católico e estruturado numa relação directa com as dioceses).