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trilhada

A forma trilhadapode ser [feminino singular de trilhadotrilhado], [feminino singular particípio passado de trilhartrilhar] ou [nome feminino].

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trilhadatrilhada
( tri·lha·da

tri·lha·da

)


nome feminino

Trilha.

etimologiaOrigem etimológica: trilha + -ada.
trilhartrilhar
( tri·lhar

tri·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Separar os grãos de cereais com o trilho. = DEBULHAR

2. Esmagar, moer, triturar.

3. Bater, pisar.

4. Dividir em pequenas parcelas.

5. Magoar, contundir, geralmente por entaladela (ex.: trilhei o dedo na porta e fiquei com a unha negra). = ENTALAR

6. Pisar com os pés. = CALCAR

7. Percorrer.

8. Marcar com trilho.

9. Percorrer, deixando pegada, rasto, vestígio.

10. [Figurado] [Figurado] Seguir (o caminho, a norma).

11. Sulcar.

etimologiaOrigem etimológica: latim tribulo, -are, debulhar com o trilho, oprimir, atormentar, afligir.
trilhadotrilhado
( tri·lha·do

tri·lha·do

)


adjectivoadjetivo

1. Calcado; pisado.

2. Entalado; apertado.

3. Esbagoado.

4. Talado.

5. Sulcado; navegado; percorrido.

6. [Figurado] [Figurado] Conhecido; sabido.

7. Experimentado; exercitado.

etimologiaOrigem etimológica: particípio de trilhar.
trilhadatrilhada

Auxiliares de tradução

Traduzir "trilhada" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Deve-se escrever colete em seda vermelha ou colete em seda vermelho?
As duas possibilidades estão correctas; na primeira o adjectivo vermelho qualifica e concorda com o substantivo feminino seda, enquanto na segunda qualifica e concorda com o substantivo masculino colete.



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.