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temperamento

A forma temperamentopode ser [derivação masculino singular de temperartemperar] ou [nome masculino].

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temperamentotemperamento
( tem·pe·ra·men·to

tem·pe·ra·men·to

)


nome masculino

1. Têmpera.

2. Compleição, carácter, índole.

3. Qualidade predominante no organismo.

4. Temperança.

5. Combinação.

6. Afinação (de instrumentos).

etimologiaOrigem etimológica:latim temperamentum, -i, combinação, proporção, medida.
temperartemperar
( tem·pe·rar

tem·pe·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Colocar substâncias na comida para lhe dar bom sabor. = ADUBAR, CONDIMENTAR

2. Deitar sal em.

3. Tornar mais fraco ou brando.

4. Tornar menos intenso. = AMENIZAR, SUAVIZARINTENSIFICAR

5. [Figurado] [Figurado] Tornar mais moderado. = CONTER, MODERAR

6. Tornar consistente um metal; dar têmpera (ex.: temperar o aço).

7. Tornar mais forte. = AVIGORAR, FORTALECER

8. Misturar, juntar ou acrescentar (algo) a.

9. Conciliar, benquistar, compor, harmonizar.

10. Afinar (um instrumento).

11. [Agricultura] [Agricultura] Registar na charrua ou no arado a altura que a relha deve profundar o solo.


verbo pronominal

12. Moderar-se.

13. Adquirir têmpera. = AVIGORAR-SE, FORTALECER-SE

14. Colocar-se em harmonia. = CONCORDAR, HARMONIZAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:latim tempero, -are.

Auxiliares de tradução

Traduzir "temperamento" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se escrever ou dizer o termo deve de ser é correcto? Eu penso que não é correcto, uma vez que neste caso deverá dizer-se ou escrever deverá ser... Vejo muitas pessoas a usarem este tipo de linguagem no seu dia-a-dia e penso que isto seja uma espécie de calão, mas já com grande influência no vocabulário dos portugueses em geral.
Na questão que nos coloca, o verbo dever comporta-se como um verbo modal, pois serve para exprimir necessidade ou obrigação, e como verbo semiauxiliar, pois corresponde apenas a alguns dos critérios de auxiliaridade geralmente atribuídos a verbos auxiliares puros como o ser ou o estar (sobre estes critérios, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus, Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, pp. 303-305). Neste contexto, o verbo dever pode ser utilizado com ou sem preposição antes do verbo principal (ex.: ele deve ser rico = ele deve de ser rico). Há ainda autores (como Francisco Fernandes, no Dicionário de Verbos e Regimes, p. 240, ou Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa, p. 232) que consideram existir uma ligeira diferença semântica entre as construções com e sem a preposição, exprimindo as primeiras uma maior precisão (ex.: deve haver muita gente na praia) e as segundas apenas uma probabilidade (ex.: deve de haver muita gente na praia). O uso actual não leva em conta esta distinção, dando preferência à estrutura que prescinde da preposição (dever + infinitivo).



A palavra vigilidade, que tem origem na palavra vígil, tem suscitado alguma controvérsia na área em que estou envolvido. É um termo que é utilizado nalguns trabalhos de psicologia e por algumas instituições nacionais ligadas aos medicamentos (ex: INFARMED). No entanto, não encontrei a palavra nos dicionários que consultei, inclusivamente o da Priberam. Alternativamente a palavra utililizada é vigilância. Assim, gostaria de saber a vossa opinião sobre este assunto.
Também não encontrámos a palavra vigilidade registada em nenhum dos dicionários ou vocabulários consultados. No entanto, este neologismo respeita as regras de boa formação da língua portuguesa, pela adjunção do sufixo -idade ao adjectivo vígil, à semelhança de outros pares análogos (ex.: dúctil/ductilidade, eréctil/erectilidade, versátil/versatilidade). O sufixo -idade é muito produtivo na língua para formar substantivos abstractos, exprimindo frequentemente a qualidade do adjectivo de que derivam.

Neste caso, existem já os substantivos vigília e vigilância para designar a qualidade do que é vígil, o que poderá explicar a ausência de registo lexicográfico de vigilidade. Como se trata, em ambos os casos, de palavras polissémicas, o uso do neologismo parece explicar-se pela necessidade de especialização no campo da medicina, psicologia e ciências afins, mesmo se nesses campos os outros dois termos (mas principalmente vigília, que surge muitas vezes como sinónimo de estado vígil) têm ampla divulgação.