PT
BR
Pesquisar
Definições



tecêreis

Será que queria dizer tecereis?

A forma tecêreisé [segunda pessoa plural do pretérito mais-que-perfeito do indicativo de tecertecer].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
tecertecer
|cê| |cê|
( te·cer

te·cer

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. Formar um tecido, uma obra de tear ou outra trama com a passagem repetida de um fio ou afim alternadamente por cima e por baixou de outros dispostos perpendicularmente (ex.: o artesão tece mantas; a máquina tece a grande velocidade). = TRAMAR, URDIR

2. Construir uma estrutura com fios produzidos pelo próprio corpo (ex.: o bicho-da-seda tece o seu casulo; observou a aranha a tecer).


verbo transitivo

3. Fazer uma estrutura de materiais que se cruzam (ex.: tecem vimes para fazer cestos e outros objectos). = ENTRANÇAR, ENTRELAÇAR, ENTRETECER, TRAMAR, TRANÇAR, URDIRDESENTRANÇAR, DESTECER

4. Fazer tecido ou trama com fios. = FIARDESFIAR

5. Compor ou planear algo que exige trabalho, atenção ou imaginação (ex.: teceram um plano meticuloso). = ARQUITECTAR, ELABORAR, ENGENDRAR, MAQUINAR

6. Fazer intrigas. = ENREDAR, INTRIGAR, MEXERICAR

7. Exprimir com palavras (ex.: vou tecer alguns comentários breves). = FORMULAR, PROFERIR

8. Meter de permeio; pôr algo a meio de. = ENTRETECER, ENTRECORTAR, ENTREMEAR

9. Pôr enfeites ou ornamentos em. = DECORAR, ENFEITAR, ORNAMENTAR, ORNAR


verbo intransitivo

10. [Informal] [Informal] Ir e vir, andar de cá para lá.

11. [Pouco usado] [Pouco usado] Mexer (uma criança pequena) os pés e as mãos.


verbo pronominal

12. Enredar-se, entrelaçar-se.

13. Formar-se, condensar-se (ex.: ao longe, tecia-se um negrume).

14. Preparar-se, organizar-se.

etimologiaOrigem etimológica:latim texo, -ere.

Auxiliares de tradução

Traduzir "tecêreis" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Pretendo saber o significado de res extensa e ego cogitans.
Res extensa e ego cogitans (ou res cogitans) são expressões utilizadas pelo filósofo francês Descartes (1596-1650) para designar, respectivamente, a matéria ou o corpo (“coisa extensa”) e o espírito ou a mente (“eu pensante” ou “coisa pensante”).



Com relação à conjugação do verbo adequar e às explicações que vocês forneceram para uma consulta enviada, quero registrar que estranha-me o fato de vocês terminarem a explicação dizendo "..., como afirma Rebelo Gonçalves, que o termo (no caso, uma forma verbal) que hoje não passa de uma hipótese, futuramente poderá ser uma realidade."
Seguramente, se formos considerar tudo o que hoje é uma hipótese, já como realidade ouviremos inúmeros "a nível de Brasil", "houveram muitos problemas", "menas pessoas", "há dez anos atrás", "fazem muitos anos que não a vejo", etc.
Entendo que, a partir daí, as regras gramaticais não farão mais nenhum sentido na nossa língua portuguesa.
Sem contar que na conjugação desse mesmo verbo, no Pretérito Perfeito do Indicativo, vocês acentuaram a primeira pessoa do plural, regra de acentuação que desconheço e que, se vocês observarem, também não consta do Houaiss.
Permita-me uma segunda observação: a resposta para essa pesquisa vocês consultaram Rebelo Gonçalves, no Vocabulário da Língua Portuguesa, datado de 1966. A última reforma ortográfica data, se não me engano, de 1973, portanto muito tempo depois.
A defectividade de determinados verbos sempre foi objecto de discussão entre linguistas e gramáticos, uma vez que, apesar de alguns serem considerados defectivos em determinadas acepções, o uso das restantes formas que não fazem parte do paradigma defectivo é sempre possível em determinados contextos. Os outros casos que refere como sendo também possíveis de utilização normativa futura são consensuais entre os gramáticos quanto à sua incorrecção, não gerando qualquer discórdia a nível semântico, lexical ou sintáctico. A justificação apresentada na resposta quer apenas indicar que, enquanto até há pouco tempo os dicionários de língua e de conjugação registavam alguns verbos como defectivos, existem obras que actualmente conjugam os mesmos verbos em todas as pessoas, fazendo a indicação da sua defectividade nas gramáticas tradicionais.

O Vocabulário de Rebelo Gonçalves, apesar de editado em 1966, continua a ser a referência para a elaboração de obras lexicográficas e para o esclarecimento de muitas dúvidas. Enquanto não sair do prelo a nova edição revista do Vocabulário de Rebelo Gonçalves ou um novo elaborado pela Academia das Ciências de Lisboa que venha a ser reconhecidamente a referência lexicográfica para o Português europeu, aquele continuará a ser a base por excelência para a elaboração de dicionários e para a resolução de dúvidas lexicais (para a norma europeia do Português).

Ao contrário do que refere, a última reforma ortográfica não data de 1973, uma vez que a lei promulgada nesse ano em Portugal é apenas uma revisão e simplificação de determinados pontos do acordo ortográfico de 1945, que o Brasil não ratificou.

Quanto à flexão acentuada graficamente do verbo adequar no pretérito perfeito do indicativo (adequámos), o paradigma dos verbos regulares da 1.ª conjugação prevê, em Portugal e não no Brasil, que se acentue as formas da primeira pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo (que em Portugal se pronunciam com a aberto) para se distinguir das formas do presente do indicativo (que em Portugal se pronunciam com a fechado): comprámos/compramos, lavámos/lavamos, registámos/registamos, etc. Portanto, a conjugação apresentada no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa está de acordo com o estabelecido no acordo ortográfico em vigor em Portugal.