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sujeita-se

A forma sujeita-sepode ser [feminino singular de sujeitosujeito], [feminino singular particípio passado de sujeitarsujeitar], [segunda pessoa singular do imperativo de sujeitarsujeitar] ou [terceira pessoa singular do presente do indicativo de sujeitarsujeitar].

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sujeitarsujeitar
( su·jei·tar

su·jei·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:abundante.


verbo transitivo

1. Reduzir à sujeição ou obediência. = SUBJUGAR

2. Ter sujeito ou preso. = PRENDER, SEGURAR

3. Submeter para sofrer alterações ou modificações.


verbo pronominal

4. Limitar ou inibir o seu comportamento ou a sua acção por causa de algo ou alguém. = ADSTRINGIR-SE, LIMITAR-SE, SUBMETER-SE

5. Dar-se por vencido. = RENDER-SE

etimologiaOrigem etimológica: latim subjecto, -are, pôr debaixo, aproximar, levantar, de subjicio, -ere, pôr debaixo, submeter, subordinar, expor, levantar.
sujeitosujeito
( su·jei·to

su·jei·to

)


adjectivoadjetivo

1. Que se sujeitou a algo ou alguém.

2. Dependente, subordinado.

3. Domado, subjugado, submetido.

4. Que está sob determinado dever, obrigação, etc. (ex.: sujeito às regras).

5. Obediente; dócil, cativo.

6. Que apresenta determinada vulnerabilidade ou possibilidade (ex.: sujeito às intempéries). = EXPOSTO, SUSCEPTÍVEL


nome masculino

7. Pessoa de quem se omite ou desconhece o nome. (Feminino: sujeita.) = INDIVÍDUO

8. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Pessoa ordinária. (Feminino: sujeita.)

9. Pessoa dependente de um rei ou suserano. (Feminino: sujeita.) = SÚBDITO, VASSALO

10. Assunto, tema.

11. [Gramática] [Gramática] Função sintáctica desempenhada por palavra ou grupo de palavras que compõem um constituinte nominal ou oracional com o qual concorda e sobre o qual se expressa o predicado (ex.: nas frases seguintes, o sujeito está sublinhado: hoje eu acordei tarde; o quadro, felizmente, foi recuperado pela polícia; a noiva e o pai ainda não chegaram; é muito agradável ter a lareira acesa; quem quiser pode ficar com o lugar; alegra-me que todos tenham vindo).

12. [Filosofia] [Filosofia] Entidade que tem a capacidade de conhecer, por oposição ao objecto.

13. [Lógica] [Lógica] Pessoa ou coisa sobre a qual o verbo afirma ou nega alguma propriedade ou atributo.


sujeito composto

[Gramática] [Gramática]  Sujeito que tem mais de um núcleo (ex.: na frase eu e os meus irmãos dormíamos no mesmo quarto há um sujeito composto).

sujeito de enunciação

[Literatura] [Literatura]  Voz que enuncia um texto literário e que deve distinguir-se do autor.

sujeito desinencial

[Gramática] [Gramática]  Sujeito nulo que pode ser recuperado através da desinência verbal.

sujeito expletivo

[Gramática] [Gramática]  Sujeito gramatical que não pode ter um referente, apenas tem função de estilo ou de ênfase (como em ele acontece cada coisa!).

sujeito indeterminado

[Gramática] [Gramática]  Sujeito que se refere a uma entidade indefinida (como em dizem que amanhã vai estar sol; diz-se que fugiu do país).

sujeito nulo

[Gramática] [Gramática]  Sujeito que não se encontra expresso em palavras na frase (como em hoje acordei tarde).

sujeito poético

[Literatura] [Literatura]  Voz que se exprime no discurso de um texto poético, geralmente na primeira pessoa do singular, e que deve distinguir-se do autor. = EU LÍRICO, EU POÉTICO

sujeito simples

[Gramática] [Gramática]  Sujeito que tem apenas um núcleo (ex.: na frase nós dormíamos no mesmo quarto há um sujeito simples).

etimologiaOrigem etimológica: latim subjectus, -a, -um, particípio passado de subjicio, -ere, pôr debaixo, submeter, subordinar, expor, levantar.
Ver também resposta à dúvida: sujeito / termo da oração / função sintáctica.
sujeita-sesujeita-se

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Dúvidas linguísticas



Tenho ouvido muito a conjugação do verbo precisar acompanhado da preposição de. Exemplo: Eu preciso DE fazer o trabalho para segunda. Eu acho que está errado, mas não sei explicar gramaticalmente. Esta conjugação é possível?
O verbo precisar, quando significa ‘ter necessidade de alguma coisa’, é transitivo indirecto e rege um complemento oblíquo introduzido pela preposição de. Este complemento pode ser um grupo nominal (ex.: eu preciso de mais trabalho) ou um verbo no infinitivo (ex.: eu preciso de trabalhar mais).

Há ocorrências, sobretudo no português do Brasil, da ausência da preposição de (ex.: eu preciso mais trabalho, eu preciso trabalhar mais), embora este uso como transitivo directo seja desaconselhado por alguns gramáticos. A ausência da preposição é, no entanto, considerada aceitável quando o complemento do verbo é uma oração completiva introduzida pela preposição que (ex.: eu preciso [de] que haja mais trabalho), mas esta omissão deve ser evitada em registos formais ou cuidados, pois o seu uso não é consensual.




Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.