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soçobrardes

A forma soçobrardespode ser [segunda pessoa plural do futuro do conjuntivo de soçobrarsoçobrar] ou [segunda pessoa plural infinitivo flexionado de soçobrarsoçobrar].

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soçobrarsoçobrar
( so·ço·brar

so·ço·brar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Virar violentamente de baixo para cima ou vice-versa. = INVERTER, REVIRAR, REVOLVER, VOLTAR


verbo transitivo e intransitivo

2. Fazer ir ou ir ao fundo. = ABISMAR, AFUNDAR, NAUFRAGAR, SUBMERGIR

3. Mover ou mover-se para baixo; cair ou fazer cair.

4. Causar ou sofrer destruição. = ANIQUILAR, ARRUINAR, DESTRUIR


verbo transitivo e pronominal

5. Fazer perder ou perder o ânimo; tornar ou ficar esmorecido ou desanimado. = DESANIMAR, ESMORECER

6. Causar ou sofrer perturbação. = PERTURBAR


verbo intransitivo

7. [Figurado] [Figurado] Perder a autoridade, o prestígio ou o êxito (ex.: o partido soçobrou nas eleições). = CAIR, FRACASSAR

etimologiaOrigem etimológica:espanhol zozobrar .

soçobrardessoçobrardes


Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.