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sobre-ronda

A forma sobre-rondapode ser [feminino singular de rondaronda], [segunda pessoa singular do imperativo de rondarrondar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de rondarrondar], [nome de dois géneros] ou [nome feminino].

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sobrerrondasobre-rondasobrerronda
( so·brer·ron·da

so·bre·-ron·da

so·brer·ron·da

)


nome feminino

1. Vigia das rondas.


nome de dois géneros

2. Vigia ou fiscal ao serviço das rondas.

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: SOBRERROLDA

etimologiaOrigem etimológica:sobre- + ronda.
grafiaGrafia no Brasil:sobre-ronda.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:sobrerronda.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: sobre-ronda.
grafiaGrafia em Portugal:sobrerronda.
rondarrondar
( ron·dar

ron·dar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e intransitivo

1. Fazer a ronda.

2. Andar de ronda.

3. Passear em volta de; vigiar (passeando).

4. [Marinha] [Marinha] Atesar, alar, dar voltas com um cabo à roda de qualquer peça de manobra.

rondaronda
( ron·da

ron·da

)


nome feminino

1. [Militar] [Militar] Visita feita aos diferentes postos militares.

2. Conjunto de pessoas, geralmente soldados ou polícias, que percorre certos lugares urbanos para manutenção da ordem. = PATRULHA

3. Passeio ou percurso em que se anda vigiando alguma coisa. = PATRULHA

4. Cada uma das partes de um combate ou de um confronto. = ASSALTO

5. Cada uma das séries de competições em que se divide um calendário desportivo (ex.: esta semana decorre a última ronda do campeonato).

6. [Desporto] [Esporte] Conjunto das partidas ou dos jogos de um torneio ou campeonato, geralmente marcados para o mesmo dia (ex.: o judoca foi afastado na segunda ronda). = RODADA

7. Dança que se efectua em círculo.

8. [Jogos] [Jogos] Jogo de azar, semelhante ao jogo do monte.

9. [Portugal: Beira, Trás-os-Montes] [Portugal: Beira, Trás-os-Montes] Tocata de rapazes durante a noite, pela povoação.



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




É possível (correto) construir locuções com três verbos?
Uma locução é um conjunto de palavras que corresponde ao comportamento de uma palavra de determinada categoria. O número não é um critério linguístico de correcção; desde que esteja correcto do ponto de vista sintáctico e semântico, é possível uma locução com vários verbos. O mais comum são locuções com dois verbos, correspondendo a tempos compostos (ex.: tinha comido), tempos passivos (ex.: foi comido) ou a perifrásticas (ex.: começou a comer), mas é possível haver locuções com mais verbos, especialmente se se tratar de passivas ou de perifrásticas conjugadas com o auxiliar num tempo composto (ex.: tinha sido comido; tinha começado a comer). Em situações excepcionais, é possível encontrar sequências longas de formas verbais (ex.: contamos poder começar a comer às três; tínhamos contado ter podido começar a comer às três).