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reserva

A forma reservapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de reservarreservar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de reservarreservar], [adjectivo de dois géneros e dois números e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros] ou [nome feminino].

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reservareserva
|rezé| |rezé|
( re·ser·va

re·ser·va

)


nome feminino

1. Acto ou efeito de reservar.

2. Aquilo que se guarda ou poupa para casos imprevistos.

3. Aquilo que está guardado e a que o público em geral não tem acesso (ex.: reservas do museu).

4. [Militar] [Militar] Parte do exército que só quando as circunstâncias o exigem é chamado ao serviço.ACTIVO

5. [Militar] [Militar] Conjunto de tropas que, em batalha, ficam à retaguarda em pontos designados, para irem ocupar o lugar onde podem ser necessárias.

6. [Militar] [Militar] Militar nomeado para substituir outro no serviço, se este se impossibilitar.

7. [Militar] [Militar] Militar que não está no serviço activo.

8. [Militar] [Militar] Conjunto de vasos de guerra destinados a irem em auxílio de outros.

9. Território reservado a grupos indígenas.

10. Espaço ou território destinado à destinado à preservação ou ao povoamento de certas espécies de fauna e flora (ex.: reserva de caça; reserva natural).

11. [Figurado] [Figurado] Maneira de agir ou de falar que revela cuidado ou que não exterioriza sentimentos. = CIRCUNSPECÇÃO, DISCRIÇÃO, RECATO

12. Atitude ou manifestação de prudência, de desconfiança ou de medo (ex.: mostrar reservas; tenho algumas reservas em relação ao assunto).

13. [Direito] [Direito] Cláusula que impõe ressalva, restrição ou excepção ao efeito de um contrato ou documento jurídico.


adjectivo de dois géneros e dois números e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros

14. [Enologia] [Enologia] Diz-se de ou tipo de bebida alcoólica considerada de qualidade superior, geralmente por ter tido um estágio de determinado tempo em barrica e garrafa (ex.: vinho reserva; aguardente de reserva; vamos provar um reserva tinto).

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de reservar.
reservarreservar
( re·ser·var

re·ser·var

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Guardar; conservar.

2. Poupar; pôr de parte.

3. Preservar, defender.

4. Adiar; fazer esperar; demorar.

5. Destinar para fim ou ocasião determinada.

6. Fazer segredo de.


verbo pronominal

7. Guardar-se para outra ocasião.

8. Guardar para si.

9. Ficar de reserva.

Auxiliares de tradução

Traduzir "reserva" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



A utilização da expressão à séria nunca foi tão utilizada. Quanto a mim esta expressão não faz qualquer sentido. Porque não utiliz am a expressão a sério?
A locução à séria segue a construção de outras tantas que são comuns na nossa língua (junção da contracção à com uma substantivação feminina de um adjectivo, formando locuções com valor adverbial): à antiga, à portuguesa, à muda, à moderna, à ligeira, à larga, à justa, à doida, etc.

Assim, a co-ocorrência de ambas as locuções pode ser pacífica, partindo do princípio que à séria se usará num contexto mais informal que a sério, que continua a ser a única das duas que se encontra dicionarizada. Bastará fazer uma pesquisa num motor de busca na internet para se aferir que à séria é comummente utilizada em textos de carácter mais informal ou cujo destinatário é um público jovem; a sério continua a ser a que apresenta mais ocorrências (num rácio de 566 para 31800!).




A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).