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preparo

A forma preparopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de prepararpreparar], [nome masculino plural] ou [nome masculino].

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preparopreparo
( pre·pa·ro

pre·pa·ro

)


nome masculino

1. Preparação.

2. Disposição preliminar.

3. Aparelho.

4. Apresto.

preparos


nome masculino plural

5. Coisas necessárias para o acabamento de qualquer obra.

6. [Direito] [Direito] Quantia que a pessoa interessada no seguimento de uma causa deposita antecipadamente nas mãos do escrivão para pagamento das custas.

prepararpreparar
( pre·pa·rar

pre·pa·rar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Aprontar, arranjar.

2. Dispor.

3. Compor.

4. Coordenar.

5. Predispor, habilitar.

6. Armar, maquinar.

7. [Química] [Química] Obter (um corpo qualquer) por meio de composição ou decomposição.

8. [Figurado] [Figurado] Provocar, excitar, fomentar.

9. [Farmácia] [Farmácia] Manipular, dosear, combinar.

10. [Agricultura] [Agricultura] Amanhar.

11. [Jurídico, Jurisprudência] [Jurídico, Jurisprudência] Depositar em poder do escrivão respectivo a quantia suficiente para garantir o pagamento das custas (ex.: preparar uma causa; preparar um recurso).


verbo pronominal

12. Arranjar-se, dispor-se, ataviar-se.

13. Armar-se, prevenir-se.

14. Aparelhar-se.

15. Ensaiar-se.

16. Habilitar-se (estudando).

17. Estar prestes a manifestar-se.


preparar!

Voz de comando para engatilhar a arma e dispô-la para ser apontada.

preparopreparo

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Dúvidas linguísticas



"Rastreabilidade" pode ou não ser usada em português correcto?
A palavra rastreabilidade (com o significado “qualidade do que é rastreável”), apesar de não se encontrar registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição, apresenta uma formação correcta (de acordo com o paradigma -ável / -abilidade), pelo que o seu uso é possível. O adjectivo rastreável (de rastrear + sufixo -ável), apesar da sua formação correcta e da sua relativa frequência, apenas se encontra registado no Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).