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pintas

A forma pintaspode ser [feminino plural de pintapinta], [segunda pessoa singular do presente do indicativo de pintarpintar] ou [nome de dois géneros e de dois números].

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pintaspintas
( pin·tas

pin·tas

)


nome de dois géneros e de dois números

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Pessoa que se tem em alta conta e que gosta de se exibir (ex.: chegou com aquela conversa típica de pintas). = PINTAROLAS

etimologiaOrigem etimológica: pinta + s expressivo.
pinta1pinta1
( pin·ta

pin·ta

)
Imagem

JogosJogos

Ponto ou sinal de uma carta de jogar, de um dado ou de uma peça de dominó.


nome feminino

1. Pequena mancha. = MALHA, NÓDOA, SALPICO

2. Mancha de cor, geralmente redonda (ex.: tecido azul às pintas). = BOLINHA

3. [Informal] [Informal] Aspecto exterior ou sinal que indica algo (ex.: aquela pinta de boazinha não engana ninguém; as sardinhas têm má pinta, não devem ser frescas; sujeito com pinta de malandro). = APARÊNCIA, AR

4. [Informal] [Informal] Qualidade de quem tem um estilo próprio, avaliado positivamente.

5. [Jogos] [Jogos] Ponto ou sinal de uma carta de jogar, de um dado ou de uma peça de dominó.Imagem

6. [Jogos] [Jogos] Jogo de cartas.

7. [Brasil, Informal, Depreciativo] [Brasil, Informal, Depreciativo] Pessoa que não inspira confiança. = PINTA-BRAVA


às pintas

Com bolinhas de cor sobre fundo de outra cor (ex.: laço vermelho às pintas).

conhecer pela pinta

[Informal] [Informal] O mesmo que tirar pela pinta.

tirar pela pinta

[Informal] [Informal] Conhecer pela aparência física, por certos modos ou trejeitos.

etimologiaOrigem etimológica: derivação regressiva de pintar.
iconeConfrontar: ponta.
pinta2pinta2
( pin·ta

pin·ta

)


nome feminino

1. Franga implume. = FRANGAINHA, PINTAINHA

2. [Portugal: Açores] [Portugal: Açores] Órgão sexual feminino.

3. [Brasil: Nordeste] [Brasil: Nordeste] Órgão sexual masculino. = PÉNIS

etimologiaOrigem etimológica: feminino de pinto.
iconeConfrontar: ponta.
pinta3pinta3
( pin·ta

pin·ta

)


nome feminino

[Metrologia] [Metrologia] Antiga medida portuguesa de capacidade para líquidos.

etimologiaOrigem etimológica: francês pinte.
iconeConfrontar: ponta.
pintarpintar
( pin·tar

pin·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Cobrir com tinta (ex.: pintar o muro; pintei a parede de azul).

2. Aplicar cor a ou tornar colorido. = COLORIR

3. Representar por traços, desenho ou combinação de cores (ex.: pintar uma paisagem; pinta cenas marítimas).

4. Representar pela palavra ou pela escrita (ex.: o chefe não é tão mau como o pintam). = DESCREVER, RETRATAR

5. [Informal] [Informal] Fazer cair em logro ou engano. = ENGANAR, ILUDIR, LOGRAR


verbo transitivo e pronominal

6. Aplicar produtos cosméticos que dão cor ou mudam a cor (ex.: pintar o cabelo; pintou os olhos; não sai de casa sem se pintar).


verbo intransitivo

7. Dedicar-se à pintura de obras artísticas (ex.: deixou de pintar).

8. Começar a tomar cor (ex.: as cerejas já pintam).

9. Começar a ficar com pêlos ou cabelos brancos. = EMBRANQUECER, ENCANECER

10. [Informal] [Informal] Começar a surgir penugem ou pêlos num adolescente.

11. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Surgir algo ou alguém, geralmente de forma inesperada (ex.: ainda não pintou ninguém melhor; pintou um clima interessante; se pintar um problema, ela resolve). = APARECER


verbo pronominal

12. Tingir-se.


nome masculino

13. Acto ou modo de pintar.


pintar bem

Ser prometedor.

pintar mal

Não ser prometedor.

vir ao pintar

Vir a propósito.

etimologiaOrigem etimológica: latim vulgar *pinctare, de *pinctus, do latim pictus, -a, -um, particípio passado de pingo, -ere, pintar.
iconeConfrontar: pitar, pontar.
pintaspintas

Auxiliares de tradução

Traduzir "pintas" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



o primeiro "e" de brejeiro é aberto ou fechado?
De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.

No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.




Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).