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tróia

paládio | n. m.

Estátua de Palas, a cuja conservação estava ligada a sorte de Tróia....


tróia | n. f.

Jogo antigo, simulando um combate, que hoje é chamado jogo das canas....


presente | adj. 2 g. | n. m. | interj.

Presente ou oferta que traz dano a quem o recebe ou aceita, à semelhança do cavalo de Tróia....


Frase eloquente de Lucano, narrando a visita de César às ruínas de Tróia; exprime a desolação de uma ruína absoluta....


cavalo | n. m.

Grande cavalo de madeira levado pelos troianos para dentro das suas muralhas, que permitiu aos guerreiros gregos, escondidos no seu interior, entrar e conquistar a cidade de Tróia....


É por estas palavras que Eneias começa a dolorosa narrativa do cerco de Tróia....


Virgílio põe estas palavras na boca de Eneias, que, acedendo ao pedido da rainha Dido, vai narrar-lhe a guerra de Tróia e a sua fatal catástrofe cuja recordação lhe é extremamente dolorosa....


Reflexão melancólica de Virgílio, a respeito do troiano Rifeu, que bem merecia, pelas suas virtudes, escapar à ruína de Tróia....


Hemistíquio de Virgílio, quando alude ao momento em que Eneias e os seus companheiros se dispõem a abandonar Tróia incendiada e alongam tristemente o olhar para as suas ruínas fumegantes....


troiano | adj. | n. m.

Relativo ou pertencente a Tróia....


Palavras de Virgílio em que Eneias descreve a Dido o horror da última noite de Tróia....



Dúvidas linguísticas



Ouve-se em certos telejornais expressões como a cujo ou em cujo; contudo gostaria de saber se gramaticalmente a palavra cujo pode ser antecedida de preposição.
O uso do pronome relativo cujo, equivalente à expressão do qual, pode ser antecedido de preposição em contextos que o justifiquem, nomeadamente quando a regência de alguma palavra ou locução a tal obrigue. Nas frases abaixo podemos verificar que o pronome está correctamente empregue antecedido de várias preposições (e não apenas a ou em) seleccionadas por determinadas palavras (nos exemplos de 1 e 2) ou na construção de adjuntos adverbiais (nos exemplos de 3 e 4):

1) O aluno faltou a alguns exames. O aluno reprovou nas disciplinas a cujo exame faltou. (=O aluno reprovou nas disciplinas ao exame das quais faltou);
2) Não haverá recurso da decisão. Os casos serão julgados pelo tribunal, de cuja decisão não haverá recurso. (=Os casos serão julgados pelo tribunal, dadecisão do qual não haverá recurso);
4) Houve danos em algumas casas. Os moradores em cujas casas houve danos foram indemnizados. (=Os moradores nas casas dos quais houve danos foram indemnizados);
5) Exige-se grande responsabilidade para o exercício desta profissão. Esta é uma profissão para cujo exercício se exige grande responsabilidade. (=Esta é uma profissão para o exercício da qual se exige grande responsabilidade).




Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.


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