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trapaceamos

pixulé | n. m.

Dinheiro miúdo (ex.: no bolso só tinha pixulé)....


banjista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem trapaceia no jogo....


fulheiro | adj. n. m.

Que ou aquele que trapaceia ao jogo....


apandilhar | v. tr. e pron. | v. tr. | v. pron.

Reunir(-se) em pandilha, com o intuito de tramar algo em comum....


baldrocar | v. tr. e intr. | v. intr.

Fazer baldroca....


burlar | v. tr.

Enganar com burla....


cabular | v. intr. | v. tr. e intr.

Ser cábula ou mandrião....


carambolar | v. intr. | v. tr.

Fazer carambola....


futricar | v. tr. e intr. | v. intr. | v. tr.

Negociar fazendo trapaças....


trampear | v. intr.

Fazer tramóias ou trampolinas....


trapacear | v. tr. | v. intr.

Tratar (de um negócio) fraudulentamente....


trambicar | v. intr.

Enganar fraudulentamente....


ciganar | v. intr.

Viver ou comportar-se como cigano....


chicaneiro | adj. n. m.

Que ou quem chicana ou trapaceia....


taboquear | v. tr. | v. intr.

Fazer cair em engano ou mentira....




Dúvidas linguísticas



Existe a palavra responsível?
A palavra responsível não se encontra registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa à nossa disposição, sendo formada a partir da aposição do sufixo -ível à raiz latina respons-, do vocábulo responsum, que significa “resposta”. Embora o adjectivo responsível tenha algumas ocorrências em corpora e motores de pesquisa da Internet, o adjectivo responsivo, que partilha do mesmo significado (a que poderá aceder, seguindo a hiperligação), encontra-se dicionarizado, estando o seu uso mais difundido.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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