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sacrifício

probático | adj.

Diz-se de uma piscina de Jerusalém, na qual se lavavam as vítimas destinadas aos sacrifícios....


A Pátria reclama e merece todos os nossos sacrifícios....


armilústria | n. f.

Festa que os romanos celebravam no Aventino, passando-se revista às legiões e oferecendo-se um sacrifício pela prosperidade das mesmas legiões....


devoção | n. f.

Observância de certas práticas religiosas e piedosas....


extispício | n. m.

Suposta arte de adivinhar por meio das entranhas das vítimas dos antigos sacrifícios....


inárculo | n. m.

Varinha de romãzeira que os romanos usavam nos antigos sacrifícios....


missa | n. f.

Na religião católica, celebração do sacrifício do corpo e do sangue de Jesus Cristo, que é feito no altar pelo ministério do padre....


sacerdote | n. m.

Pessoa que fazia sacrifícios às divindades....


sacrificador | n. m. | adj.

Sacerdote encarregado do sacrifício das vítimas....


sacrifício | n. m.

Oferta solene à divindade, em donativos ou vítimas....


sacrifículo | n. m.

O que auxiliava o sacrificador nos sacrifícios; acólito....


vítima | n. f.

Pessoa ou animal oferecida em sacrifício aos deuses ou num ritual religioso....


vitimário | n. m. | adj.

Entre os romanos, ministro encarregado, nos sacrifícios, de ferir a vítima; sacrificador....


vitória | n. f.

Vitória que custa ao vencedor danos ou sacrifícios quase tão grandes como ao vencido....


Amburbiais | n. f. pl.

Procissão que os romanos faziam em volta da cidade, conduzindo as vítimas de um sacrifício que rematava a festa....


caro | adj. | adv. | n. m.

Que custa sacrifícios, perdas, etc....


curião | n. m.

Sacerdote que entre os romanos presidia aos sacrifícios nas cúrias....


custa | n. f. | n. f. pl.

Com prejuízo ou sacrifício de (ex.: não vou deixar que se divirtam à minha custa)....


hieropeu | n. m.

Funcionário que, na antiga Atenas, fiscalizava os sacrifícios públicos....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.




Meia voz ou meia-voz? Nas buscas que fiz encontrei meia voz usado comummente em Portugal e meia-voz usado no Brasil.
O registo lexicográfico não é unânime no registo de palavras hifenizadas (ex.: meia-voz) versus locuções (ex.: meia voz), como se poderá verificar pela consulta de algumas obras de referência para o português. Assim, podemos observar que é registada a locução a meia voz, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES (Coimbra: Coimbra Editora, 1966), no Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Editorial Verbo, 2001), no Novo Dicionário Aurélio (Curitiba: Editora Positivo, 2004); esta é também a opção do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, na entrada voz. Por outro lado, a palavra hifenizada meia-voz surge registada no Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002).

Esta falta de consenso nas obras lexicográficas é consequência da dificuldade de uso coerente do hífen em português (veja-se a este respeito a Base XV do Acordo Ortográfico de 1990 ou o texto vago e pouco esclarecedor da Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945 para a ortografia portuguesa). Um claro exemplo da dificuldade de registo lexicográfico é o registo, pelo Grande Dicionário da Língua Portuguesa (Porto: Porto Editora, 2004), da locução a meia voz no artigo voz a par do registo da locução a meia-voz no artigo meia-voz.


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