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queirós

hipálage | n. f.

Figura de estilo pela qual se atribui a certas palavras, geralmente através de um adjectivo, qualidades que pertencem a outras, com as quais se relacionam, normalmente na mesma frase (ex.: existe hipálage na expressão de Eça de Queirós "fumar antes do almoço um pensativo cigarro" porque pensativo refere-se ao fumador e não a cigarro)....


Estudo, investigação ou culto literário de Eça de Queirós (1845-1900)....


acácio | n. m.

Indivíduo ridículo pelas palavras convencionais e ocas de sentido, pela aparatosa gravidade de maneiras ou pelo carácter sentencioso....


queirós | n. f.

O mesmo que queiró....


acaciano | adj. | adj. n. m.

Que é relativo ou se assemelha ao conselheiro Acácio, personagem do romance O Primo Basílio, do escritor português Eça de Queirós (1845-1900)....


queirosianista | adj. 2 g. n. 2 g. | adj. 2 g.

Que ou quem se dedica ao estudo e à investigação da obra de Eça de Queirós (1845-1900)....


eciano | adj. | adj. n. m.

Relativo a Eça de Queirós (1845-1900), escritor português, à sua obra ou ao seu estilo (ex.: personagens ecianas)....


pachecada | n. f.

Dito, atitude ou procedimento de pessoa pomposa, ridícula e medíocre....


pachequice | n. f.

Dito, atitude ou procedimento de pessoa pomposa, ridícula e medíocre....


pachequismo | n. m.

Dito, atitude ou procedimento de pessoa pomposa, ridícula e medíocre....


estudar | v. tr. e intr. | v. tr. | v. tr. e pron.

Analisar atentamente para compreender ou conhecer (ex.: estuda as obras de Eça de Queirós)....


queirosiano | adj. | adj. n. m.

Relativo a Eça de Queirós (1845-1900), escritor português, à sua obra ou ao seu estilo (ex.: personagens queirosianas)....


pachecal | adj. 2 g.

Relativo a Pacheco, personagem da obra A Correspondência de Fradique Mendes, do escritor português Eça de Queirós (1845-1900)....



Dúvidas linguísticas



Pontapé: esta palavra é composta por justaposição ou por aglutinação?
A palavra pontapé é composta por justaposição.

De facto, é possível identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os substantivos ponta e – sem que nenhuma delas tenha sido afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol) a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo, pontapé).

O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada (idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.

Sobre este assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.




Costumo usar frequentemente o termo vai vir, apesar de ter a noção que algures alguém me disse que está em desuso, mas que é correcto usar-se, porque se trata do reforço de uma acção. Gostava de saber a vossa opinião.
Do ponto de vista sintáctico e semântico, a locução verbal vai vir está correctamente formada, pois utiliza o verbo ir como auxiliar e o verbo vir como verbo principal, à semelhança de outras construções análogas com este auxiliar para indicar o futuro (ex.: Ele amanhã não vai trabalhar; O atleta vai iniciar a prova). Não se trata de um reforço da acção, mas de uma indicação temporal de uma acção que acontecerá no futuro ou está iminente e é uma construção muito usada, nomeadamente na oralidade, em substituição do futuro do indicativo (ex.: a construção ele vai vir amanhã é mais frequente do que ele virá amanhã, da mesma forma que a construção ele não vai trabalhar é muito mais frequente do que ele não trabalhará).
As locuções verbais com o verbo ir como auxiliar do verbo vir (vai vir) ou do verbo ir (vai ir), e todas as flexões possíveis do verbo auxiliar, são por vezes consideradas desaconselhadas sem que para tal haja outro motivo linguístico pertinente que não o de serem construções mais usadas num registo informal.


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