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proclamais

Frase com que na França, após a morte do rei, se proclamava o novo monarca «rei morto, rei posto»; usa-se, por extensão, para aludir à ingratidão dos homens, que, logo após a queda de um senhor, de um chefe, o esquecem e procuram outro....


banho | n. m.

Cada um dos anúncios de casamento futuros, lidos na igreja. (Mais usado no plural.)...


endeixa | n. f.

O mesmo que endecha....


edicto | n. m.

Parte da lei que expõe as disposições a que ela obriga....


édito | n. m.

Ordem judicial em editais ou anúncios....


endecha | n. f.

Composição poética, fúnebre ou triste, geralmente em quadras de cinco ou seis sílabas....


proclama | n. m.

Cada uma das proclamações de casamento futuro que se lêem na igreja. (Mais usado no plural.)...


prolegómenos | n. m. pl.

Introdução circunstanciada que precede uma obra....


Acto ou efeito de se autoproclamar ou de anunciar em público uma decisão unilateral (ex.: a população votou a autoproclamação da autonomia da região)....


querigma | n. m.

Parte essencial da mensagem cristã....


cerigma | n. m.

Termo empregado por alguns teólogos para designar o primeiro anúncio de Boa Nova (o Evangelho) pelo arauto de Cristo, isto é, o missionário, aos não-crentes. (Vulgarizou-se para designar o primeiro ensinamento religioso.)...


predicado | n. m.

Propriedade característica de algo ou de alguém....


almóada | adj. 2 g. n. 2 g. | n. m. pl.

Relativo a ou membro dos almóadas....


almóade | adj. 2 g. n. 2 g. | n. m. pl.

O mesmo que almóada....


dependurado | adj. | adj. n. m. | n. m.

Que se dependurou....


proclamador | adj. n. m.

Que ou aquele que proclama....


autoproclamar | v. tr. e pron.

Anunciar em público uma decisão unilateral (ex.: o estado autoproclamou a sua independência; autoproclamou-se presidente)....



Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Podem informar-me se o verbo queixar-se pode ser utilizado sem o pronome reflexivo e em que situação isso ocorre.
O verbo queixar-se é um verbo pronominal; no entanto, o pronome se não é um pronome reflexo, mas o que é designado por “se inerente”. Esta construção é diferente da construção reflexa lavar-se, em que o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da sua acção (eu lavo-me = eu sou lavado por mim), ou da construção reflexa recíproca beijar-se, em que um sujeito complexo ou colectivo é ao mesmo tempo agente e paciente da mesma acção (o casal beija-se = cada um dos elementos do casal beija e é beijado); em ambas estas construções, o pronome reflexo desempenha uma função de complemento directo. Na construção queixar-se, porém, não há uma acção do sujeito sobre si próprio (eu queixo-me = *eu sou queixado por mim; o asterisco indica agramaticalidade), e o pronome pessoal não tem valor reflexo, nem reflexo recíproco, nem impessoal, nem apassivante, mas parece fazer parte do verbo e das suas propriedades lexicais. No caso de queixar-se, nenhuma das acepções do verbo permite outra forma que não a pronominal (ex.: *ele queixou à irmã; *o doente queixava de dores de cabeça). Há ainda o caso de outros verbos que admitem quer uma construção não pronominal (ex.: esqueci o livro em casa) quer uma construção pronominal com um se inerente (ex.: esqueci-me do livro em casa).

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