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pintura

cru | adj.

Diz-se, em pintura, dos tons duros em que, entre os escuros e os claros, não há transição....


eludórico | adj.

Relativo à pintura feita a óleo e água....


monogramo | adj.

Incorpóreo, não palpável....


rafaelesco | adj.

Relativo ao pintor Rafael Sanzio (1483-1520), pintor italiano....


rococó | adj. 2 g.

Que tem muitos adornos (diz-se principalmente em termos de arquitectura e de pintura)....


retratado | adj.

Reproduzido pela pintura, pela fotografia; reflectido....


rupestre | adj. 2 g.

Inscrito ou desenhado nas rochas pelos homens primitivos ou pré-históricos (ex.: pinturas rupestres de Vila Nova de Foz Côa)....


romanisco | adj.

Versado em assuntos romanos (arte de pintura, negócios, etc.)....


Relativo a Wouwerman (1619-1668), pintor holandês do século XVII, à sua obra ou à sua escola....


intimista | adj. 2 g.

Relativo a intimismo....


retabular | adj. 2 g.

Relativo a retábulo (ex.: pintura retabular)....


fotorrealista | adj. 2 g.

Relativo a fotorrealismo ou a pintura ou desenho em que se procura reproduzir com o maior pormenor e definição uma imagem fotográfica....


almagre | n. m.

Argila avermelhada que se emprega em certas indústrias e em pinturas grosseiras....


diluente | adj. 2 g. | n. m.

Líquido volátil incorporado nas pinturas e verniz para obter as características de aplicação requeridas....


encarnado | adj. | n. m.

Operação de pintura com que se dá às esculturas o aspecto dos seres humanos, a cor das carnes, das roupas, etc....


encáustica | n. f.

Técnica de pintura com uso de cera e pigmentos....


esboceto | n. m.

Pequeno modelo de obra de escultura ou de pintura....



Dúvidas linguísticas



Gostava de saber o emprego das maiúsculas na língua portuguesa.
O uso das maiúsculas está regulamentado para o português europeu nas bases XXXIX a XLVII do Acordo Ortográfico de 1945, a que poderá aceder seguindo a hiperligação.

O Acordo Ortográfico de 1990 altera, através da sua Base XIX, alguns usos decorrentes das disposições de 1945, nomeadamente a não obrigatoriedade de maiúsculas em meses e estações do ano.




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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