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petiscaras

chisme | n. m. | n. m. pl.

Percevejo....


petanisco | n. m.

Petisco ou fuzil com que se fere lume....


petiscador | n. m.

Aquele que gosta de petiscar; lambiscador; guloso....


petisco | n. m.

Comida muito apetitosa....


quitute | n. m.

Comida apetitosa e requintada (ex.: quitutes libaneses)....


pitéu | n. m.

Comida muito apetitosa....


petiscaria | n. f.

Estabelecimento comercial onde se vendem petiscos....


petiscar | v. tr. e intr.

Comer petisco....


trincar | v. tr. | v. intr.

Morder, apertar com os dentes....


petisca | n. f.

Antigo jogo, praticado geralmente por rapazes, que consiste em atirar pedras a uma moeda colocada no chão, ganhando-a aquele que lhe acertar....


petisquice | n. f.

Acto ou dito de pessoa pretensiosa....


bafatório | n. m.

Iguaria ou prato, geralmente servido em pequenas quantidades, antes do prato principal, como acompanhamento de bebida ou como refeição ligeira (ex.: o bar serve bebidas e bafatórios)....


arriscar | v. tr. e pron.

Pôr ou pôr-se em risco ou em perigo....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber algo sobre a palavra tauba, pois ouvi dizer que a palavra não está errada, mas achei em dicionário algum... Então fiquei em dúvida se ela é uma palavra nativa da língua portuguesa, ou é uma forma errada de pronunciá-la!
A palavra tauba não se encontra averbada em nenhum dicionário de língua portuguesa por nós consultado e o seu uso é desaconselhado na norma portuguesa. Trata-se de uma deturpação por metátese (troca da posição de fonemas ou sílabas de um vocábulo) da palavra tábua. Essa forma deturpada é usada em registos informais ou populares de língua, mais característicos da oralidade.

Regra geral, os dicionários registam o léxico da norma padrão, respeitando a ortografia oficial e descurando as variantes dialectais e populares. Ao fazê-lo, demarca-se o português padrão, aquele que é ensinado oficialmente, do português não padrão, aquele que se vai mantendo por tradição oral, em diferentes regiões do espaço lusófono. Ainda assim, há alguns exemplos deste português não padrão que se encontram registados em dicionários da língua padrão, seja porque surgem com alguma frequência em textos literários, seja porque se generalizaram em alguns estratos, seja para reencaminhar o consulente para a forma correcta. Tal acontece em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), que regista, por exemplo, palavras como açucre, fror, frechada, prantar, pregunta, preguntar ou saluço a par das formas oficiais açúcar, flor, flechada, plantar, pergunta, perguntar, soluço, ou o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, que regista palavras como bonecra, noute e aguantar a par das formas boneca, noite e aguentar.




Há uma colega minha que tem uma dúvida: existe ostracisei, e está bem escrito? E o que quer dizer ao certo?
O verbo ostracizar encontra-se dicionarizado e significa “submeter ou submeter-se ao ostracismo” (ex.: os colegas ostracizaram o rapaz; para aliviar a ansiedade constante, ostracizava-se e procurava a solidão). É de referir que este verbo se formou juntando o sufixo -izar, muito produtivo em português, ao substantivo ostracismo (com queda do sufixo -ismo: ostrac[ismo] + -izar = ostracizar), pelo que deverá ser grafado com -z- no sufixo e não com -s-. A forma correcta será então ostracizei.

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