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obsoletar

afonsino | adj.

Que diz respeito à primeira dinastia dos reis portugueses. (Também se diz das Ordenações publicadas por D. Afonso V.)...


antiquado | adj.

Que está fora de uso por antigo....


obsoleto | adj.

Caído em desuso; que já não se usa....


démodé | adj.

Que está fora de moda....


impassivo | adj.

Que não mostra sentimentos ou que se mostra incapaz de sentir (ex.: permaneceu impassivo durante toda a discussão; voz impassiva)....


Acto ou efeito de obsolescer ou de tornar ou ficar obsoleto....


deprecado | adj.

Diz-se do juiz ou tribunal a que um juiz ou tribunal mandou deprecada ou pedido de acto ou diligência....


Crença de que D. Sebastião (1554-1578), rei português, não morreu na batalha de Alcácer-Quibir em 1578 e que regressaria a Portugal numa manhã de nevoeiro para restaurar a independência....


moderno | adj. | n. m. | n. m. pl.

Dos nossos dias; do tempo presente....


morto | adj. n. m. | adj.

Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida....


novo | adj. | n. m. | n. m. pl.

Feito recentemente ou que existe há pouco tempo....


obsolescer | v. tr. e intr.

Tornar ou ficar obsoleto (ex.: a nova ortografia não obsolesce os livros já editados; a maquinaria obsolescera)....


obsoletar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se obsoleto (ex.: a nova tese obsoletou as anteriores; esta tecnologia corre o risco de se obsoletar em pouco tempo)....


arcaico | adj. | n. m.

Que é muito antigo (ex.: cultura arcaica)....


velho | adj. | n. m. | n. m. pl.

Avançado em idade....



Dúvidas linguísticas



A expressão "até ao arrebatamento" está correta?
Antes de mais, convém clarificar, ainda que resumidamente, o uso de até.

Como preposição, a palavra até é usada para indicar um limite temporal (ex.: Eu vou embora, até amanhã; Esperem pela resposta até meados de Janeiro; Dormi até tu chegares), um limite espacial (ex.: Viajou de comboio até Paris) ou um limite quantitativo (ex.: O desconto é válido em todos os enlatados até 800 g).

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 561), em Portugal usa-se geralmente a preposição até acompanhada da contracção da preposição a com o artigo definido o/a(s) (ex: Fui até ao parque; Fomos até à igreja) enquanto no Brasil se usa maioritariamente a preposição até sem a contracção (ex.: Fui até o parque; Fomos até a igreja). Em termos de correcção, como refere o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), é indiferente no Brasil associar a preposição até a outra preposição ou não. Por outras palavras, é tão correcto escrever fomos até à igreja como fomos até a igreja, sendo a última a forma mais usual no Brasil.

Como advérbio, a palavra até é usada para indicar inclusão ou ênfase, sendo sinónima de inclusivamente, também ou mesmo (ex.: Todos ajudaram na arrumação da cozinha, até o avô; O empresário fez várias alterações e admite até a contratação de mais funcionários). Dependendo da regência do verbo em causa, o advérbio até pode surgir associado a uma contracção (ex.: Eles foram a todo o lado: à Europa, à Ásia, até à Austrália!).

Considerando os usos acima descritos, a expressão até ao arrebatamento está correcta, tanto em Portugal como no Brasil, se a palavra até for usada como preposição (ex.: Foi uma festa intensa até ao arrebatamento final). Se, no entanto, a palavra até for usada como advérbio, a expressão até ao arrebatamento está incorrecta, como indica o asterisco (ex.: *Todas as emoções foram banidas, até ao arrebatamento religioso).




Gostaria de saber se escrever ou dizer o termo deve de ser é correcto? Eu penso que não é correcto, uma vez que neste caso deverá dizer-se ou escrever deverá ser... Vejo muitas pessoas a usarem este tipo de linguagem no seu dia-a-dia e penso que isto seja uma espécie de calão, mas já com grande influência no vocabulário dos portugueses em geral.
Na questão que nos coloca, o verbo dever comporta-se como um verbo modal, pois serve para exprimir necessidade ou obrigação, e como verbo semiauxiliar, pois corresponde apenas a alguns dos critérios de auxiliaridade geralmente atribuídos a verbos auxiliares puros como o ser ou o estar (sobre estes critérios, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus, Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, pp. 303-305). Neste contexto, o verbo dever pode ser utilizado com ou sem preposição antes do verbo principal (ex.: ele deve ser rico = ele deve de ser rico). Há ainda autores (como Francisco Fernandes, no Dicionário de Verbos e Regimes, p. 240, ou Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa, p. 232) que consideram existir uma ligeira diferença semântica entre as construções com e sem a preposição, exprimindo as primeiras uma maior precisão (ex.: deve haver muita gente na praia) e as segundas apenas uma probabilidade (ex.: deve de haver muita gente na praia). O uso actual não leva em conta esta distinção, dando preferência à estrutura que prescinde da preposição (dever + infinitivo).

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