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meras

meramente | adv.

De modo restrito ou exclusivo (ex.: os seguintes autores são citados a título meramente exemplificativo)....


Emprega-se para indicar que determinada situação exige mais do que meras promessas....


voluntário | adj. | n. m.

Que se faz de boa vontade e sem constrangimento....


Mulher que espreita ou que tem hábito de espreitar por mera curiosidade....


tabelião | n. m. | adj.

Oficial público que faz e conserva as notas ou traslados de escrituras e outros documentos autênticos....


envite | n. m.

Maior parada proposta (no jogo)....


mera | n. f.

Suco oleoso do zimbro....


mera | n. f.

Resina das árvores....


merlo | n. m. | adj.

Melro....


Qualidade de ocasional; mera contingência....


serranídeo | adj. | n. m. | n. m. pl.

Relativo aos serranídeos....


flanar | v. intr.

Passear sem destino e sem pressa, por mera distracção (ex.: flanaram pelas ruas da cidade velha)....


piracuca | n. f.

Peixe acantopterígio (Epinephelus marginatus) da família dos serrídeos, de corpo ovalado e de peso à volta de 60 quilos nos adultos....


puro | adj.

Sem mistura; límpido; genuíno....


mero | n. m.

Designação dada a várias espécies de peixes acantopterígios da família dos serrídeos, em especial do género Epinephelus, geralmente de corpo ovalado e de médio a grande porte....


mero | adj.

Que não tem outras interpretações, especificações ou complexidades; que não é mais do que aquilo que é (ex.: isto é uma mera figura de retórica; mera coincidência; mero acaso)....


urtiga | n. f.

Designação dada a várias plantas herbáceas da família das urticáceas, do género Urtica, cobertas de pêlos, cuja base contém um líquido que penetra na pele pelo mero contacto das pontas, provocando comichão e irritação....


serventuário | n. m. | adj. n. m.

Pessoa que serve em emprego ou ofício em substituição daquela a quem o trabalho incumbe....



Dúvidas linguísticas



Pontapé: esta palavra é composta por justaposição ou por aglutinação?
A palavra pontapé é composta por justaposição.

De facto, é possível identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os substantivos ponta e – sem que nenhuma delas tenha sido afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol) a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo, pontapé).

O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada (idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.

Sobre este assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.




Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).


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