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mandriar

mandrana | n. 2 g.

Pessoa que mandria, que madraceia....


mândria | n. f.

Qualidade de quem é mandrião ou preguiçoso....


perna | n. f.

Cada um dos dois membros inferiores ou posteriores do corpo animal....


calaceiro | adj. n. m.

Que ou quem não gosta de trabalhar ou de estudar, preferindo mandriar....


morangueiro | adj. n. m.

Que ou quem passa a vida a morangar ou a mandriar....


cera | n. f.

Substância que constitui os favos da colmeia....


calacear | v. intr.

Levar vida de ociosidade; ser calaceiro....


enconar | v. intr.

Demorar muito a fazer alguma coisa....


engonhar | v. intr.

Trabalhar de má vontade ou devagar....


madraçar | v. intr.

Mandriar, preguiçar....


mandriar | v. intr.

Levar vida de ociosidade; ser mandrião ou madraço....


mandrianar | v. intr.

Levar vida de mandrião ou madraço....


mandrionar | v. intr.

Levar vida de mandrião ou madraço....


mangonhar | v. intr.

Ter falta de vontade para trabalhar ou para estudar....


mangonar | v. intr.

Ter mangona ou preguiça; não ter vontade de trabalhar....


mangonear | v. intr.

Ter mangona ou preguiça; não ter vontade de trabalhar....


morangar | v. intr.

Trabalhar pouco, fingindo que faz alguma coisa....



Dúvidas linguísticas



Qual destas frases está correcta: «Ele assegurou-me que viria» ou «Ele assegurou-me de que viria»? Li que o verbo "assegurar" é regido pela preposição "de" quando é conjugado pronominalmente; no entanto, só me soa bem dessa forma quando ele é conjugado reflexivamente, como em "Eles asseguraram-se de que não eram seguidos". Afinal, como é que é? Obrigada.
Os dicionários que registam as regências verbais, como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa ou o Dicionário sintáctico de verbos portugueses, estipulam que o verbo assegurar é regido pela preposição de apenas quando usado como pronominal (ex.: quando saiu de casa assegurou-se de que as janelas estavam fechadas). Para além do uso pronominal, o verbo assegurar pode ainda ser transitivo directo ou bitransitivo, isto é, seleccionar complementos não regidos por preposição (ex.: os testes assegurariam que o programa iria funcionar sem problemas; o filho assegurou-lhe que iria estudar muito).

Este uso preposicionado do verbo assegurar na acepção pronominal nem sempre é respeitado, havendo uma tendência generalizada para a omissão da preposição (ex.: quando saiu de casa assegurou-se que as janelas estavam fechadas). O fenómeno de elisão da preposição de como iniciadora de complementos com frases finitas não se cinge ao verbo assegurar, acontecendo também com outros verbos, como por exemplo aperceber (ex.: não se apercebeu [de] que estava a chover antes de sair de casa) ou esquecer (ex.: esquecera-se [de] que havia greve dos transportes públicos).




A palavra vigilidade, que tem origem na palavra vígil, tem suscitado alguma controvérsia na área em que estou envolvido. É um termo que é utilizado nalguns trabalhos de psicologia e por algumas instituições nacionais ligadas aos medicamentos (ex: INFARMED). No entanto, não encontrei a palavra nos dicionários que consultei, inclusivamente o da Priberam. Alternativamente a palavra utililizada é vigilância. Assim, gostaria de saber a vossa opinião sobre este assunto.
Também não encontrámos a palavra vigilidade registada em nenhum dos dicionários ou vocabulários consultados. No entanto, este neologismo respeita as regras de boa formação da língua portuguesa, pela adjunção do sufixo -idade ao adjectivo vígil, à semelhança de outros pares análogos (ex.: dúctil/ductilidade, eréctil/erectilidade, versátil/versatilidade). O sufixo -idade é muito produtivo na língua para formar substantivos abstractos, exprimindo frequentemente a qualidade do adjectivo de que derivam.

Neste caso, existem já os substantivos vigília e vigilância para designar a qualidade do que é vígil, o que poderá explicar a ausência de registo lexicográfico de vigilidade. Como se trata, em ambos os casos, de palavras polissémicas, o uso do neologismo parece explicar-se pela necessidade de especialização no campo da medicina, psicologia e ciências afins, mesmo se nesses campos os outros dois termos (mas principalmente vigília, que surge muitas vezes como sinónimo de estado vígil) têm ampla divulgação.


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