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lacaríeis

lacado | adj.

Recoberto de laca....


lacada | n. f.

Pancada ou queda da roda do carro em lugar fundo da estrada....


laçada | n. f.

Laço fácil de desatar; nó corredio....


laque | n. m.

Cem mil (ex.: um laque de rupias)....


leque | n. m.

Objecto semicircular, feito de material leve, para ser agitado e produzir uma corrente de ar, que se fecha pela sobreposição das varetas ou de lâminas móveis....


lacagem | n. f.

Acto ou efeito de lacar....


charão | n. m.

Verniz de laca da China e do Japão....


fitolaca | n. f.

Género de plantas dicotiledóneas usadas em tinturaria....


laquê | n. m.

Cosmético usado para vaporizar os cabelos e fixar o penteado (ex.: cabelo fixado com laquê). [Equivalente no português de Portugal: laca.]...


lacar | v. tr.

Cobrir de laca....


laquear | v. tr.

Cobrir com laca....


acharoado | adj.

Recoberto de charão ou laca (ex.: contador acharoado)....


lácico | adj.

Diz-se de um ácido extraído da laca....


inro | n. m.

Pequeno recipiente ornamental, geralmente lacado e com vários compartimentos, usado suspenso no quimono....


atomizador | n. m.

Aparelho que serve para a pulverização molecular de líquidos....


goma-laca | n. f.

Substância resinosa produzida por uma espécie de cochonilha que vive na Índia e utilizada no fabrico de vernizes....


laqueador | n. m.

Pessoa que tem como actividade laquear ou envernizar peças....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber qual a pronúncia correcta de periquito?
Ao contrário da ortografia, que é regulada por textos legais (ver o texto do Acordo Ortográfico), não há critérios rigorosos de correcção linguística no que diz respeito à pronúncia, e, na maioria dos casos em que os falantes têm dúvidas quanto à pronúncia das palavras, não se trata de erros, mas de variações de pronúncia relacionadas com o dialecto, sociolecto ou mesmo idiolecto do falante. O que acontece é que alguns gramáticos preconizam determinadas indicações ortoépicas e algumas obras lexicográficas contêm indicações de pronúncia ou até transcrições fonéticas; estas indicações podem então funcionar como referência, o que não invalida outras opções que têm de ser aceites, desde que não colidam com as relações entre ortografia e fonética e não constituam entraves à comunicação.

A pronúncia que mais respeita a relação ortografia/fonética será p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal central fechada (denominada muitas vezes “e mudo”), presente, no português europeu, em de, saudade ou seminu. Esta é a opção de transcrição adoptada pelo Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa e do Grande Dicionário Língua Portuguesa da Porto Editora. Há, no entanto, outro fenómeno que condiciona a pronúncia desta palavra, fazendo com que grande parte dos falantes pronuncie p[i]riquito, correspondendo o símbolo [i] à vogal anterior fechada, presente em si, minuta ou táxi. Trata-se da assimilação (fenómeno fonético que torna iguais ou semelhantes dois ou mais segmentos fonéticos diferentes) do som [i] de p[i]riquito pelo som [i] de per[i]qu[i]to.

A dissimilação, fenómeno mais frequente em português e inverso da assimilação, é tratada na resposta pronúncia de ridículo, ministro ou vizinho.


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