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inúmero

inúmero | adj. | quant. exist. pl.

Que não se pode contar por ser muito numeroso (ex.: o espaço foi pequeno para acolher o inúmero público que foi assistir à conferência; na escavação foi encontrada inúmera cerâmica árabe)....


Substância derivada de um ácido específico, isolada primitivamente na próstata, mas presente em inúmeros tecidos. (As prostaglandinas têm grande influência na maior parte dos processos de reprodução.)...


atrocidade | n. f.

Qualidade de atroz, cruel, desumano (ex.: a credibilidade da testemunha não diminui a atrocidade do delito)....


khmer | adj. 2 g. | n. 2 g. | n. m.

Relativo aos khmers, grupo étnico do Camboja (Ásia) ou ao khmer....


inumeroso | adj.

Que não se pode contar por ser muito numeroso....


metamorfosear | v. tr. e pron. | v. pron.

Alterar ou alterar-se a forma, a aparência ou a natureza (ex.: aquela tragédia metamorfoseou todos os rostos; o artista metamorfoseia-se; a divindade metamorfoseava-se em inúmeras formas)....


viela | n. f.

Rua estreita (ex.: perderam-se do grupo numa das inúmeras vielas da cidade)....


inumerável | adj. 2 g.

Que não se pode contar por ser muito numeroso....


trocentos | adj. pl.

Que é em número muito elevado, mas indeterminado (ex.: escreveu trocentas páginas de uma prosa chata; o governo tem trocentos assessores)....


milhentos | adj. pl.

Que é em número muito elevado, mas indeterminado (ex.: isto serve para milhentas coisas; surgiram milhentos problemas)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber se a utilização do verbo "comer" como substantivo, em vez do mais comum "comida" pode ser considerada correcta, por exemplo nas seguintes expressões: "o comer está óptimo" ou "vou preparar o comer"
Não há nenhuma incorrecção nas frases o comer está óptimo ou vou preparar o comer, mas o substantivo comer é por vezes considerado como sendo próprio de um registo de língua informal.

Este tipo de derivação por mudança de categoria gramatical sem alteração da forma (neste caso obtém-se um substantivo a partir de um verbo) denomina-se conversão ou derivação imprópria (por não ter a junção de afixos) e é muito usual na língua (ex.: o saber não ocupa lugar, achava interessante o falar do ancião).


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