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evidência

bem- | elem. de comp.

Entra na composição de várias palavras e significa bem, de maneira excelente. (É seguido de hífen quando o segundo elemento começa por vogal ou h, ou então por consoante, mas esta em perfeita evidência de sentido.)...


relevo | n. m.

Distinção; realce; evidência....


evidência | n. f.

O que serve para demonstrar ou esclarecer um facto, uma causa ou uma verdade (ex.: evidência científica; evidências estatísticas)....


instância | n. f.

Insistência, empenho ou veemência no pedir....


luz | n. f. | n. f. pl.

Evidência....


pós-verdade | n. f. ou m. | n. f. | adj. 2 g. 2 núm.

Informação que se divulga ou aceita como facto verdadeiro devido à forma como é apresentada e repetida, mas que não tem fundamento real (ex.: estas pós-verdades negam anos de evidências científicas)....


meridiano | n. m. | adj.

Que mostra muita transparência ou evidência (ex.: clareza meridiana; isto é de meridiana compreensão)....


Substância ou fenómeno que constitui uma evidência científica da existência, em algum momento, de uma forma de vida ou de algum tipo de actividade biológica....


Que convence por causa da sua evidência....


sedimentar | v. intr. e pron. | v. tr. e pron. | adj. 2 g.

Tornar ou ficar sólido ou firme, ou mais sólido ou firme (ex.: na viagem, sedimentaram o interesse pela arte renascentista; esta evidência científica sedimentou-se)....


Qualidade do que é auto-evidente ou não precisa de ser demonstrado ou verificado....


segurança | n. f. | n. 2 g.

Acto ou efeito de segurar....


Colocação em evidência de uma maneira material, da acção e dos efeitos de um fenómeno....


demonstrativo | adj. | adj. n. m.

Convincente; que prova evidência....


evidenciar | v. tr. e pron. | v. pron.

Mostrar-se claramente; pôr-se em evidência....


pompa | n. f.

Ostentar, pôr em evidência, fazer alarde de....


irrefutável | adj. 2 g.

Que não é susceptível de refutação; que não se pode refutar (ex.: evidências irrefutáveis)....



Dúvidas linguísticas



Está correcto escrever a expressão rés-vés desta forma?
A forma registada nos dicionários e vocabulários de língua portuguesa, incluindo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, é resvés e não rés-vés, pelo que deverá dar preferência à forma não hifenizada. A origem desta palavra é incerta, mas estará provavelmente relacionada com o adjectivo rés.



1. Como deve ser a concordância sujeito-predicado para nomes como os Camarões, as ilhas Maurícias, etc.? Deve o verbo estar no singular ou no plural?
2. No caso de países cujo nome começa com a palavra ilha ou ilhas, a primeira letra destas duas palavras deve grafar-se com maiúscula ou com minúscula? Ou seja, deve escrever-se Ilhas Maurícias ou ilhas Maurícias, por exemplo?
1. O verbo deve sempre concordar em número e pessoa com o sujeito, caso ele exista. Como, neste caso, o sujeito é plural (os Camarões), o verbo deverá estar igualmente no plural (ex.: Os Camarões são um Estado africano). No entanto, caso decidisse pelo uso de um precedente que designasse a organização política desse Estado, o verbo teria de concordar com essa designação e não com o nome do topónimo propriamente dito (ex.: A república dos Camarões situa-se no continente africano).

2. O Acordo Ortográfico de 1990 não se pronuncia explicitamente sobre esta questão, o mesmo acontecendo com o Acordo Ortográfico de 1945 e o Formulário Ortográfico de 1943, os textos legais anteriormente em vigor, respectivamente, para a norma europeia e para a norma brasileira do português.

Sobre esta questão, Rebelo Gonçalves pronuncia-se no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida, 1947, pp. 337-339), dizendo que se emprega minúscula inicial “Nos substantivos que significam  acidentes geográficos, tais como arquipélago, baía, cabo, ilha, lago, mar, monte, península, rio, serra, vale e tantos outros, quando seguidos de designações que os especificam toponimicamente". O autor lista como exemplos arquipélago dos Açores, baía de Guanabara, ilha da Madeira, ilhas Berlengas, ilha Terceira, mar Mediterrâneo ou monte Branco, entre outros.  Nesta regra inserir-se-ia o topónimo ilhas Maurícias, uma vez que a palavra ilhas, neste caso, apenas indica as características geográficas das Maurícias (designação comum da República da Maurícia, em português de Portugal, ou República de Maurício, em português do Brasil). Rebelo Gonçalves especifica algumas excepções a esta regra, quando, por exemplo, se utilizam topónimos em nomes de vias públicas (Rua da Ilha do Faial e não Rua da ilha do Faial) ou em títulos de obras (Tragicomédia Pastoril da Serra da Estrela e não Tragicomédia Pastoril da serra da Estrela). Estabelece ainda outra excepção quando se trata de combinações vocabulares que formam  locuções ou compostos toponímicos, i. e., locuções de onde não se pode omitir o substantivo que designa o acidente geográfico (ex.: Península Ibérica, Costa do Ouro, Monte Redondo, Serra de El-Rei).

Como foi referido acima, o Acordo Ortográfico de 1990 não se debruça explicitamente sobre esta questão, mas, implicitamente, parece não contrariar as indicações de Rebelo Gonçalves, uma vez que, a propósito de outros assuntos, o texto apresenta exemplos como “ilha de Santiago” (Base XVIII) ou o composto toponímico “Baía de Todos-os-Santos” (Base XV).


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