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equivalente

abundante | adj. 2 g.

Que apresenta duas ou mais formas equivalentes para a mesma flexão (ex.: particípio abundante)....


comutativo | adj.

Aquele em que se recebe o equivalente do que se dá....


Relativo a Dioniso, deus grego equivalente ao deus romano Baco (ex.: culto dionisíaco)....


recíproco | adj.

Que se dá ou faz em recompensa de coisa equivalente....


desnatado | adj.

Que tem baixo teor de gordura (ex.: leite em pó desnatado). [Equivalente no português de Portugal: magro.]...


De modo equivalente (ex.: as duas equipas actuaram equivalentemente)....


Expressão que alude à sorte que por vezes bafeja aqueles que não se sabem aproveitar dela; equivalente a "Deus dá as nozes a quem não tem dentes"....


chi lo sa | loc.

Expressão usada para indicar incerteza, equivalente a "quem sabe"....


do ut des | loc.

Expressão equivalente à fórmula popular: Toma lá, dá cá....


Expressão usada para indicar esperança, equivalente a "enquanto há vida, há esperança"....


Corresponde à lei de Talião e equivalente a "olho por olho, dente por dente", "pagar na mesma moeda" ou "amor com amor se paga"....


Expressão usada para defender que se deve ser prudente, não antecipando aplausos nem zombando dos fracos ou vencidos, porque por vezes são esses que se tornam fortes ou vencedores; equivalente a "o último a rir é o que ri melhor"....


Equivalente latino do nome que davam os judeus ao lugar mais santo e mais recatado do templo; aplica-se a qualquer lugar defeso aos profanos....


Segundo aconselha Santo Ambrósio, devemo-nos conformar com os costumes do país em que nos achamos; equivalente a "por onde vás, assim como vires, assim farás"....


Com o decorrer do tempo dissipam-se as paixões; equivalente a "nada cura como o tempo"....


Com grande esforço, energia ou vontade (ex.: defender-se unguibus et rostro); equivalente a "com unhas e dentes"....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.




Com o novo acordo ortográfico, como fica o verbo "prover" na terceira pessoa do plural no presente do indicativo? "proveem" (assim como ver -> veem) ou "provêem"?
Segundo o ponto 7.º da base IX do Acordo Ortográfico de 1990, as formas verbais terminadas em -êem deixam de ser acentuadas. É o caso da terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo ver, que perde o acento circunflexo (vêem -> veem), dos verbos que se conjugam pelo mesmo paradigma (como antever, circunver, desprover, entrever, prever, prover, rever) e também dos verbos crer, ler e seus derivados (crêem -> creem, treslêem -> tresleem). Esta alteração aplica-se também à terceira pessoa do plural do presente do conjuntivo do verbo dar (dêem -> deem) e aos seus derivados (como antedar, desdar, redar, satisdar).

O conjugador online do FLiP pode ser uma ajuda a considerar nestes casos de dúvida. Funciona para português europeu e para português do Brasil, em ambos os casos com e sem o novo Acordo Ortográfico.


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