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desdém

cebolório | interj.

Indica zanga, despeito, desdém....


Observação da raposa na fábula de La Fontaine; em português, diz-se: Estão verdes! e aplica-se quando alguém, não podendo alcançar a coisa desejada, se consola manifestando desdém por ela....


escárnio | n. m.

Atitude ou dito em relação a algo ou alguém, com intenção de provocar manifestamente o riso....


desdém | n. m.

Desprezo profundo....


desfavor | n. m.

Desprezo; malquerença; desdém....


estricote | n. m.

Com desdém ou desprezo....


indiferença | n. f.

Qualidade daquele ou daquilo que é indiferente....


menoscabo | n. m.

Acto ou efeito de menoscabar....


desamor | n. m.

Desdém, desprezo....


patético | adj. | n. m.

Que causa desdém por ser ridículo ou exagerado....


desdenhoso | adj.

Cheio de desdém; sobranceiro; esquivo....


achincalhar | v. tr. e pron.

Tratar(-se) com desdém....


desdenhar | v. tr., intr. e pron.

Mostrar ou ter desdém por....


sobreolhar | v. tr.

Olhar por cima do ombro; olhar com desprezo; ver com certo desdém....


Desdém com que o rato da cidade saboreava a comida frugal do rato do campo; aplica-se falando do orgulho enfatuado que, por ter obtido acidentalmente alguma vantagem social, já despreza os que lhe são iguais e muitas vezes valem mais do que eles....



Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Está correcta a palavra bidãos como plural de bidão ou deveria ser bidões?
A palavra bidão forma o plural regular bidões e não *bidãos.

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