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desandaria

calce | n. m.

Cunha que se põe por baixo de um objecto para o aprumar, elevar ou impedir que desande....


desanda | n. f.

Descompostura; repreensão severa....


contraporca | n. f.

Segunda porca que se atarraxa sobre a primeira para evitar que esta desande....


varangada | n. f.

Pancada que a varanga dá, quando desanda....


desandadela | n. f.

Desanda, repreensão, descompostura....


linguete | n. m.

Peça que se embebe nas rodas dentadas para que não desandem....


arquilar | v. intr.

Fugir, desandar....


desandar | v. tr. | v. intr.

Desfazer (voltando ou fazendo voltar para trás)....


desaparafusar | v. tr. | v. tr., intr. e pron.

Tirar (ou desandar) os parafusos a....


desenroscar | v. tr.

Desenrolar ou estender o que estava enroscado....


retroceder | v. intr. | v. tr. e intr.

Andar para trás....


deslargar | v. tr., intr. e pron. | v. intr.

O mesmo que largar....


desandador | n. m.

Instrumento náutico para fazer desandar o corpo da sonda....




Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


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