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dólar

dólar | n. m.

Unidade monetária (símbolo: $) principal de vários países, nomeadamente da Austrália (código: AUD), das Baamas (código: BSD), dos Barbados (código: BBD), de Belize (código: BZD), das Bermudas (código: BMD), do Brunei (código: BND), do Canadá (código: CAD), do Equador (código: USD), dos Estados Unidos (código: USD), das Fiji (código: FJD), da Guiana (código: GYD), de Hong Kong (código: HKD), das Ilhas Caimão (código: KYD), das Ilhas Salomão (código: SBD), da Jamaica (código: JMD), da Libéria (código: LRD), da Namíbia (código: NAD), da Nova Zelândia (código: NZD), de Singapura (código: SGD), do Suriname (código: SRD), de Taiwan (código: TWD), de Trindade e Tobago (código: TTD) e do Zimbabué (código: ZWD), dividida em 100 cêntimos....


petrodólar | n. m.

Dólar resultante da comercialização do petróleo bruto....


cifrão | n. m.

Sinal ($) que indica várias unidades monetárias (por exemplo, o dólar americano; antes do euro, indicava escudos, e escrevia-se à direita do algarismo que os representava)....


sucre | n. m.

Antiga unidade monetária do Equador, substituída pelo dólar americano....


Uso do dólar ou de outra moeda estável (como o euro ou o iene) em substituição de uma moeda nacional nas transacções comerciais (ex.: dolarização completa)....


narcodólar | n. m.

Dólar resultante do tráfico de droga....


fora | adv. | prep. | interj. | n. m.

Usa-se para introduzir algo que não faz parte de um grupo ou de um todo (ex.: são 100 dólares por noite, fora o pequeno-almoço)....


zilhão | n. m.

Número ou quantidade muito grande (ex.: um zilhão de vezes; zilhões de dólares)....


doleiro | adj. n. m.

Que ou quem compra ou vende dólares norte-americanos no mercado paralelo....


em | prep.

Usa-se para indicar preço (ex.: avaliado em milhares de dólares)....


esticada | n. f.

Subida rápida (ex.: nova esticada do dólar)....


dolarizar | v. tr., intr. e pron.

Usar o dólar como moeda nas transacções comerciais, em substituição de uma moeda nacional (ex.: dolarizar a economia; o Equador tomou a decisão de dolarizar; alguns economistas acham que o país devia dolarizar-se)....


eurodólar | n. m.

Dólar americano depositado a longo prazo na Europa....


unicórnio | n. m.

Empresa recente ou em fase de desenvolvimento, ligada à indústria de software e às novas tecnologias, cuja avaliação é superior a mil milhões de dólares de investimento (ex.: surgiram alguns unicórnios na última década)....


péni | n. m.

Moeda que corresponde à centésima parte do dólar....


penny | n. m.

Moeda que corresponde à centésima parte do dólar....


pregão | n. m.

Sessão de negócios numa bolsa de valores (ex.: o dólar desvalorizou-se no pregão de hoje)....



Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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