De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.
No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.
Tenho ouvido muito a conjugação do verbo precisar acompanhado da preposição de.
Exemplo: Eu preciso DE fazer o trabalho para segunda. Eu acho que está errado, mas não sei explicar gramaticalmente. Esta conjugação é possível?
O verbo precisar, quando significa ‘ter necessidade de alguma coisa’, é transitivo indirecto e rege um complemento oblíquo introduzido pela preposição de. Este complemento pode ser um grupo nominal (ex.: eu preciso de mais trabalho) ou um verbo no infinitivo
(ex.: eu preciso de trabalhar mais).
Há ocorrências, sobretudo no
português do Brasil, da ausência da preposição de (ex.: eu preciso mais
trabalho, eu preciso trabalhar mais), embora este uso como transitivo
directo seja desaconselhado por alguns gramáticos. A ausência da preposição é,
no entanto, considerada aceitável quando o complemento do verbo é uma oração
completiva introduzida pela preposição que (ex.: eu preciso [de] que
haja mais trabalho), mas esta omissão deve ser evitada em registos formais ou cuidados,
pois o seu uso não é consensual.