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capsulações

univalve | adj. 2 g.

Diz-se dos frutos capsulares formados de uma só peça e dos moluscos cuja concha só tem uma valva ou peça....


subcapsular | adj. 2 g.

Que se situa ou se forma por baixo ou dentro de uma cápsula (ex.: catarata subcapsular)....


diafragma | n. m.

Músculo que separa o peito do abdómen....


simbaíba | n. f.

Planta trepadeira (Davilla rugosa), nativa do Brasil, de folhas ásperas, flores amarelas e frutos capsulares....


paraguaia | n. f.

Liana (Anchietea salutaris) da família das violáceas, nativa do Brasil, de flores aromáticas amarelas ou brancas, e frutos capsulares....


capsulação | n. f.

Acto ou efeito de colocar cápsula, de capsular....


cróton | n. m.

Género de plantas da família das euforbiáceas....


carúncula | n. f.

Pequena excrescência carnosa, geralmente avermelhada (ex.: carúncula duodenal)....


capsular | adj. 2 g. | v. tr.

Que é semelhante a cápsula....


albará | n. f.

Planta da família das amomáceas (Canna angustifolia)....


Denominação comum a várias plantas da família das canáceas....


conteira | n. f.

Peça com que se reforça a extremidade inferior da bainha das espadas, a parte inferior de um cajado, de uma bengala ou da bainha de uma arma branca....


bengaleira | n. f.

Planta perene vivaz (Canna indica) da família das canáceas, de caules erectos, folhas grandes e largas de cor verde, flores hermafroditas dispostas em racemos e frutos capsulares com sementes esféricas pretas, nativa da América Central e do Sul....


biri | n. m.

Denominação comum a várias plantas da família das canáceas....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber a diferença entre os verbos gostar e querer, se são transitivos e como são empregados.
Não obstante a classificação de verbo intransitivo por alguns autores, classificação que não dá conta do seu verdadeiro comportamento sintáctico, o verbo gostar é essencialmente transitivo indirecto, sendo os seus complementos introduzidos por intermédio da preposição de ou das suas contracções (ex.: As crianças gostam de brincar; Eles gostavam muito dos primos; Não gostou nada daquela sopa; etc.). Este uso preposicionado do verbo gostar nem sempre é respeitado, sobretudo com alguns complementos de natureza oracional, nomeadamente orações relativas, como em O casaco (de) que tu gostas está em saldo, ou orações completivas finitas, como em Gostávamos (de) que ficassem para jantar. Nestes casos, a omissão da preposição de tem vindo a generalizar-se.

O verbo querer é essencialmente transitivo directo, não sendo habitualmente os seus complementos preposicionados (ex.: Quero um vinho branco; Ele sempre quis ser cantor; Estas plantas querem água; Quero que eles sejam felizes; etc.). Este verbo é ainda usado como transitivo indirecto, no sentido de "estimar, amar" (ex.: Ele quer muito a seus filhos; Ele lhes quer muito), sobretudo no português do Brasil.

Pode consultar a regência destes (e de outros) verbos em dicionários específicos de verbos como o Dicionário Sintáctico de Verbos Portugueses (Coimbra: Almedina, 1994), o Dicionário de Verbos e Regimes, (São Paulo: Globo, 2001) ou a obra 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois, (“Collection Bescherelle”, Paris: Hatier, 1993). Alguns dicionários de língua como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002) também fornecem informação sobre o uso e a regência verbais. O Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências/Verbo, 2001), apesar de não ter classificação explícita sobre as regências verbais, fornece larga exemplificação sobre o emprego dos verbos e respectivas regências.




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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