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camões

Para sempre (ex.: a glória de Camões viverá in aeternum)....


épico | adj. | n. m.

Camões....


lusíada | n. 2 g. | adj. 2 g. | n. m. pl.

Conjuntos dos feitos heróicos dos lusos, em especial à maneira do poema épico de Luís de Camões....


bife | n. m.

Fatia de carne, geralmente grelhada ou frita (ex.: bife de vaca; bifes de peru)....


citar | v. tr.

Mencionar ou transcrever palavras de outrem (ex.: citou um verso de Camões)....


camonianista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou aquele que colecciona camonianas ou estuda a obra do poeta português Luís de Camões (cerca de 1524-1580)....


camoniano | adj. | adj. n. m.

Relativo a Luís de Camões (cerca de 1524-1580), poeta português, à sua obra ou ao seu estilo (ex.: lírica camoniana)....


camonismo | n. m.

Estudo, investigação ou culto literário do poeta português Luís de Camões (cerca de 1524-1580)....


camonianismo | n. m.

Estudo, investigação ou culto literário do poeta português Luís de Camões (cerca de 1524-1580)....


camoniana | n. f.

Colecção das obras do poeta português Luís de Camões (cerca de 1524-1580) ou dos escritos que lhe são relativos....


camonista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem se dedica ao estudo e à investigação da obra do poeta português Luís de Camões (cerca de 1524-1580)....


camonologia | n. f.

Tratado ou conjunto de estudos acerca do poeta português Luís de Camões (cerca de 1524-1580) e das suas obras....


É assim que Virgílio descreve o gigante Polifemo, a quem Ulisses acaba de vazar o seu único olho; Camões lembrou-se desta frase no verso alusivo ao Adamastor («Mas ia por diante o monstro horrendo»)....


Expressão com que Virgílio e Horácio exprimem a inconstância da popularidade; Camões emprega-a nos versos: "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça//Desta vaidade a quem chamamos fama!//Ó fraudulento gosto, que se atiça//Cua aura popular que honra se chama!"....


camoês | adj.

Diz-se de uma variedade de maçã de pele áspera e rosada....


camão | n. m.

Ave pernalta (Porphyrio porphyrio) da família dos ralídeos, de plumagem azul e bico e patas vermelhas....


camões | n. m. | adj. 2 g.

Expressão usada para afastar alguém que aborrece ou incomoda (ex.: já não te posso ouvir, vai chatear o Camões!)....


metáfora | n. f.

Figura de retórica em que a significação habitual de uma palavra é substituída por outra, só aplicável por comparação subentendida (ex.: há uma metáfora no verso de Camões "amor é fogo que arde sem se ver")....



Dúvidas linguísticas



Como se designa algo que escraviza? Os termos escravizante e escravizador não aparecem no dicionário.
Nenhum dicionário regista de modo exaustivo o léxico de uma língua e o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não é excepção. Apesar de não se encontrarem registadas no DPLP, as palavras escravizador e escravizante podem ser encontradas noutros dicionários de língua portuguesa com o significado “que escraviza”.

Estas duas palavras são formadas com dois dos sufixos mais produtivos do português (-ante e -dor), pelo que é sempre possível formar correctamente novas palavras com estes sufixos (normalmente a partir de verbos) que não se encontram registadas em nenhum dicionário.




Se entre vogais s vale z, o porquê de cozinha e certeza se escreverem com z e não s e o porquê de casa se escrever com s e não com z? Porquê, por exemplo, vaso, casinha, casita, vasito com s entre duas vogais e porquê, por exemplo, leãozinho, leãozito, cãozinho?
A ortografia do português, como a ortografia de qualquer língua, é um conjunto de regras convencionadas e artificiais que procuram reflectir o sistema fonológico e morfológico da língua, em muitos casos com invocação de motivos etimológicos, desconhecidos da maioria dos utilizadores da língua. Por este motivo, são normalmente os utilizadores da língua que mais lêem e escrevem quem melhor domina a ortografia, por desenvolverem uma memória e uma prática ortográfica.

A ortografia portuguesa só começou a ter alguma estabilidade a partir do final do séc. XIX, com o início das reformas ortográficas. A instabilidade anterior a esta altura poderá facilmente ser verificada em textos antigos, em dicionários etimológicos ou em dicionários com formas históricas, como o Dicionário Houaiss (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). Poderá verificar, por exemplo, que a grafia de casa se encontra atestada como casa em 1221, como quasa, em 1278, como caza, em 1352 ou como cassa, no séc. XIV. Este é apenas um exemplo, mas é possível encontrar casos afins, até no séc. XX, de grafias que nos parecerão muito estranhas, atendendo à ortografia actual, fixada sobretudo a partir da década de 40 do séc. XX, com o Acordo Ortográfico de 1945, para o português europeu e com o Formulário Ortográfico de 1943, para o português do Brasil.

A juntar a estes factores, e também decorrente deles, há o facto de a relação entre os sinais gráficos (as letras) e os sons por eles representados não serem unívocos. Para uma letra (ex.: s) pode então haver várias pronúncias (ex.: [s] em sal, [z] em casa, [S] em cais, [Z] em mesmo) e para um som (ex.: [s]) pode haver várias grafias (ex. sal, massa, macio, coçar, trouxe). Apesar do que foi dito anteriormente, há ortografias que decorrem de processos regulares de derivação etimológica, em muitos casos a partir do latim. Desta forma, o facto de a letra -s- se pronunciar [z] em contextos intervocálicos não invalida que a letra -z- possa ocorrer nesses mesmos contextos, por motivos etimológicos, sobretudo ligados à transformação, na passagem do latim ao português, de consoantes oclusivas latinas (o -c- latino tinha valor de [k]) em consoantes sibilantes antes das letras -e- e -i- (ex.: gallicia > galiza; judiciu(m) > juízo; luce(m) > luz; minacia > ameaça). Este fenómeno, designado assibilação, é comum a várias línguas neolatinas (ex.: judiciu(m) > judicieux [francês], juicio [espanhol]; minacia > menace [francês], amenaza [espanhol]).

Os últimos exemplos apresentados na dúvida colocada são diminutivos e apresentam dois sufixos distintos apostos à palavra ou ao radical. Nos casos de cão > cãozinho e de leão > leãozinho, leãozito, são utilizados os sufixos -zinho ou -zito. Nos casos de casa > casinha, casita e de vaso > vasito, aos radicais de cada uma das palavras foram acrescentados os sufixos -inho ou -ito e o -s- que aparece nestas palavras pertence ao radical e não ao sufixo diminutivo. Sobre os sufixos diminutivos, consulte ainda a resposta diminutivos (I).



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