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boa-fé

putativo | adj.

Que foi feito ou contraído indevidamente, mas de boa-fé, por ignorância dos motivos que o invalidam (ex.: casamento putativo)....


abofé | adv.

Em boa-fé; à boa-fé....


bona fide | loc.

De boa fé (ex.: Proceder ou enganar-se, bona fide)....


exploração | n. f.

Abuso da boa-fé, da situação precária, da ignorância (de alguém, para auferir interesses)....


bofé | adv.

Em verdade, francamente; à boa-fé....


lisura | n. f.

Honradez, boa-fé....


verdade | n. f.

Conformidade da ideia com o objecto, do dito com o feito, do discurso com a realidade....


charlatão | adj. n. m.

Que ou quem explora a boa-fé do público, inculcando os próprios méritos e erudição para enganar....


bofá | adv.

Em verdade, francamente; à boa-fé....


zarpar | v. tr. e intr.

Abusar da boa-fé de....


boa-fé | n. f.

Intenção pura....


má-fé | n. f.

Intenção de quem, de forma dissimulada e consciente, pretende causar dano....


desfrutar | v. tr.

Fazer troça de (alguém, parecendo estar de boa-fé)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).


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