PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

azulejasse

azulego | adj.

Diz-se do cavalo mesclado de preto e branco que, de longe, parece azul....


azulejado | adj.

Revestido de azulejos (ex.: piscina azulejada, quarto azulejado)....


biselado | adj.

Que está cortado em bisel (ex.: azulejo biselado)....


-aria | suf.

Indica acção (ex.: baixaria; patifaria)....


alizar | n. m.

Guarnição de madeira que cobre as ombreiras das portas e janelas....


lambrilha | n. f.

Pequeno azulejo quadrado, decorado geralmente com uma figura isolada (ex.: lambrilhas pintadas à mão)....


rejunte | n. m.

Argamassa para tapar juntas de alvenaria ou de azulejaria....


azulejo | n. m.

Placa fina de cerâmica, geralmente quadrada, vidrada num dos lados, com desenhos e cores variadas, que se usa para revestir superfícies....


azulejista | adj. 2 g. n. 2 g.

Que ou quem fabrica azulejos....


azulejador | adj. n. m.

Que ou aquele que põe ou assenta azulejos....


azular | v. tr. | v. intr. | v. intr. e pron.

Dar cor azul a....


azulejar | v. tr. | v. intr. e pron.

Tingir de azul....


azulecer | v. tr. e intr.

Tornar ou ficar azul....


azulejar | v. tr. | adj. 2 g.

Pôr azulejos em (ex.: ele repara, pinta e até azuleja, se for preciso)....


rejuntar | v. tr.

Cobrir juntas de alvenaria ou de azulejaria com argamassa após o assentamento das peças....


azulejaria | n. f.

Conjunto ou colecção de azulejos (ex.: azulejaria portuguesa)....


Ave passeriforme (Sialia currucoides) da família dos turdídeos....



Dúvidas linguísticas



Diz-se o meu cabelo foi corto ou o meu cabelo foi cortado?
O verbo cortar apenas admite o particípio passado cortado, pelo que, das frases que refere, a única correcta é o meu cabelo foi cortado.



Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


Ver todas