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arranhámos

arranha | n. f.

Aparelho para pescar polvos....


fuá | adj. 2 g. | n. m.

Diz-se do cavalo espantadiço e manhoso....


agatanhar | v. tr.

Arranhar (como os gatos)....


arranhar | v. tr. | v. intr.

Ferir levemente (particularmente com as unhas)....


arrebunhar | v. tr.

Agatanhar; arranhar; ferir com as unhas....


escorchar | v. tr.

Despojar da corcha ou da casca (ex.: escorchar um sobreiro)....


esfolar | v. tr. | v. tr. e pron. | v. pron.

Tirar a pele a....


esgadanhar | v. tr.

Agadanhar; arranhar; arrepelar....


esgardunhar | v. tr.

Arranhar, agadanhar, à semelhança do gardunho....


gatear | v. tr. | v. intr.

Travar (com gatos de ferro ou outro metal); deitar gatos em (louça)....


gatanhar | v. tr.

Arranhar (falando-se do gato)....


gratear | v. tr.

Procurar no fundo de rios, de lagos ou do mar, com grateia ou instrumento afim....


rascar | v. tr. | v. intr.

Raspar; arranhar....


unhar | v. tr. e pron. | v. tr. | v. tr. e intr. | v. intr.

Ferir ou ferir-se com a unha....


ranhar | v. tr. e intr.

Arranhar; esgaravatar (a galinha)....



Dúvidas linguísticas



Se seis meses é um semestre, como se designam cinco meses?
Tal como é referido na resposta quinquimestral, o prefixo de origem latina quinqui- (que indica a noção de “cinco”) é bastante produtivo, sendo possível formar a palavra quinquimestre para designar um período de cinco meses. Esta palavra não se encontra registada em nenhum dos dicionários de língua portuguesa por nós consultados, mas a sua formação respeita as regras morfológicas da língua portuguesa.



Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.


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