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academia

academia | n. f.

Sociedade, pública ou privada, de carácter artístico, científico ou literário....


académia | n. f.

Figura feita à vista de modelo vivo (para servir ela própria de modelo)....


academismo | n. m.

Doutrina da filosofia académica....


academista | n. 2 g.

Sócio de academia recreativa....


museu | n. m. | adj. 2 g. 2 núm.

Lugar destinado ao estudo das ciências e das artes....


correspondente | adj. 2 g. | n. 2 g.

Diz-se do sócio não efectivo de certas academias ou sociedades literárias ou científicas....


real | adj. 2 g. | n. m.

Que está sob a alçada do rei ou da rainha (ex.: real academia)....


academicismo | n. m.

Espírito ou comportamento académico ou de quem faz parte de academia....


fardão | n. f.

Traje de gala dos membros de algumas academias de letras e de artes, nomeadamente da Academia Brasileira de Letras (ex.: fardão académico)....


arcádia | n. f.

Academia literária constituída por poetas....


instituto | n. m.

Designação de certas academias....


academizar | v. tr. e pron.

Tornar ou tornar-se académico....


oscarizar | v. tr.

Atribuir um óscar (ex.: que filmes a Academia irá oscarizar este ano?)....


óscar | n. m.

Prémio cinematográfico, materializado por uma estatueta e atribuído anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em Hollywood, aos maiores talentos do ano. (Geralmente com inicial maiúscula.)...


literato | adj. n. m.

Que ou quem tem vasto conhecimento em letras ou em literatura....


nobelizar | v. tr.

Atribuir um prémio Nobel (ex.: que nomes a Academia Sueca irá nobelizar este ano?)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.


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