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-ola

bebedolas | n. 2 g. 2 núm.

Pessoa que se entrega à bebedeira....


beiçola | n. f. | n. 2 g.

Beiço grande....


chiola | n. f.

Carro de bois velho que chia muito....


quartola | n. f.

Casco pequeno correspondente aproximadamente a meia pipa....


cobardola | n. 2 g.

O mesmo que cobardolas....


covardola | n. 2 g.

O mesmo que cobardolas....


criançola | n. 2 g.

Pessoa que, apesar de já não ser criança, se comporta como se fosse....


marola | n. f.

Agitação ordinária da água do mar....


ola | n. f.

Folha de palmeira brava preparada para nela se escrever....


pintarola | n. f.

Qualidade de quem tem um estilo próprio, avaliado positivamente....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Existe na língua portuguesa "dativo de interesse" tal como existe em castelhano?
Em português, o pronome de interesse é de uso bastante frequente, sobretudo num nível de linguagem mais coloquial. Em frases como come-me a sopa ou tu não me sejas bisbilhoteiro, o dativo de interesse, ou dativo ético, tem função meramente expressiva ou enfática. Este tipo de construção indica que a pessoa que fala está claramente interessada na exortação que faz ou na realização do seu desejo ou da sua vontade.

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