Dicionário Priberam Online de Português Contemporâneo
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
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partida

partidapartida | n. f. | interj. | n. f. pl.
fem. sing. part. pass. de partirpartir
fem. sing. de partidopartido
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par·ti·da par·ti·da


(feminino de partido)
nome feminino

1. Acto de partir ou sair de um lugar para outro (ex.: chegou à estação uma hora antes da partida). = SAÍDA

2. [Figurado, Por extensão]   [Figurado, Por extensão]  Morte.

3. Momento ou local em que algo começa (ex.: separaram os grupos de atletas na partida). = INÍCIOCHEGADA, FIM

4. No jogo, cada uma das mãos em que ele se divide. = JOGADA

5. Competição desportiva (ex.: partida de ténis). = JOGO

6. Dito ou acto que, por divertimento ou troça, se faz para iludir ou enganar alguém (ex.: fazer uma partida; pregar partidas). = BRINCADEIRA, PEÇA, PETA

7. Reunião festiva para confraternização. = SARAU

8. [Contabilidade]   [Contabilidade]  Nota de débito ou de crédito num livro de escrituração comercial.

9. [Comércio]   [Comércio]  Quantidade de mercadorias (ex.: chegou uma partida de cacau). = REMESSA, SORTIMENTO

10. Grupo de gente armada.

interjeição

11. Expressão usada para anunciar a saída ou o início de um jogo ou corrida.


partidas
nome feminino plural

12. Parte das instalações de um terminal de viagem destinadas ao embarque de passageiros ou ao carregamento de mercadorias ou cargas (ex.: a zona das partidas do aeroporto está em obras).


à partida
No princípio, na origem, no início.

correr as sete partidas do mundo
Andar por muitas terras; viajar muito.

de partida
Prestes a sair (ex.: estavam de partida para Londres). = DE ABALADA

partidas dobradas
[Contabilidade]   [Contabilidade]  Método de escrituração em que para cada artigo se reconhece ao mesmo tempo um devedor e um credor.

partidas simples
[Contabilidade]   [Contabilidade]  Método de escrituração em que se indica apenas um credor ou um devedor.

Confrontar: partita.

par·tir par·tir

- ConjugarConjugar

(latim partio, -ire, dividir em partes, distribuir, repartir)
verbo transitivo, intransitivo e pronominal

1. Dividir em partes; separar com força ou violência (ex.: ainda partem a janela com essa brincadeira; se o cano partir, a culpa é sua; o copo partiu-se). = QUEBRAR

2. Causar ou sofrer fractura (ex.: partiu a cabeça na escola; o osso partiu; escorregou nas escadas e partiu-se todo). = QUEBRAR

verbo transitivo

3. Repartir; distribuir.

4. Ter origem ou começo. = PROCEDER, PROVIR

5. Confinar.

6. Seguir, prosseguir; prolongar-se, estender-se.

verbo intransitivo

7. Pôr-se a caminho, seguir viagem.

8. Ir-se embora. = RETIRAR-SE

9. Sair com ímpeto. = ARREMESSAR-SE

10. Perder a vida; cessar de viver. = MORRER, PERECER

verbo pronominal

11. Retirar-se, sair.

12. Fugir, afastar-se.

13. [Figurado]   [Figurado]  Afligir-se, doer-se.


a partir de
Com início em determinada data; a datar de (ex.: o dinheiro estará disponível a partir de segunda-feira).

partir de
Admitir um princípio ou doutrina como base dos seus argumentos (ex.: o trabalho é fácil, partindo do princípio que as bases já estão divididas).


par·ti·do par·ti·do


(latim partitus, -a, -um, particípio passado de parto, -ire ou partior, -iri, dividir, repartir)
adjectivo
adjetivo

1. Dividido em partes.

2. Saído.

3. [Heráldica]   [Heráldica]  Diz-se do escudo dividido perpendicularmente.

nome masculino

4. União de muitas pessoas para um determinado fim; parcialidade, facção, bando.

5. Rancho.

6. Expediente, recurso, resolução.

7. Trato ou convénio.

8. O território ou lugar onde o médico ou cirurgião tem obrigação de assistir.

9. Distrito ou território de alguma jurisdição ou administração.


bom partido
Proposta vantajosa.

[Popular]   [Popular]  Casamento rico.

dar partido ao parceiro
Conceder-lhe vantagens antes de começar o jogo.

tirar partido de
Tirar benefício ou lucro de algo ou de alguém (ex.: é preciso saber tirar partido das oportunidades). = APROVEITAR

tomar o partido de
Decidir-se a.

Declarar-se em favor de.

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Parecidas

Dúvidas linguísticas


Vivo nos Açores, e na escola aprendi a escrever a palavra açoreano, mas na televisão dizem que é açoriano. Quem tem razão?
De acordo com o ponto 3 da base IX do Acordo Ortográfico de 1945, a que poderá aceder seguindo a hiperligação, o adjectivo referente ao arquipélago dos Açores escreve-se com i, pois grafam-se com i, antes da sílaba tónica, os adjectivos e substantivos derivados com os sufixos -ense e -ano, aos quais se apõe um i para formar as terminações -iense e -iano. Nesta regra incluem-se palavras como açoriano, acriano, cabo-verdiano, camoniano ou torriense.

O Acordo Ortográfico de 1990 [ver Base V, 2.º, alínea c)] não alterou nada relativamente a este ponto para o português europeu. Esta indicação de escrever com i e não com e os derivados em que entram os sufixos -iano e -iense não estava prevista no Formulário Ortográfico de 1943, que regulava a ortografia brasileira, pelo que o português do Brasil, depois da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, deverá sofrer esta pequena alteração.




A palavra fim de semana, aparece em todo o lado escrita com hífen, inclusive no vosso dicionário. Contudo, quando estudei a língua portuguesa nas cadeiras da faculdade, foi-nos dado como referência um manual que nos serviu como a Bíblia da Língua Portuguesa: a Nova Gramática do Português Contemporâneo. Esta gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra afirma na página 107 que a palavra fim de semana é um exemplo de quando os elementos justapostos conservam a sua "autonomia gráfica", tais como Idade Média e pai de família. Assim sendo, gostaria que me informassem se é correcto a utilização das duas formas, ou se a Nova Gramática já está desactualizada.
O registo de fim-de-semana como palavra hifenizada é feito pela esmagadora maioria das obras de referência do português europeu, nomeadamente o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES, o Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro MACHADO, o Dicionário da Língua Portuguesa On-line, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora.

Como contraponto, a palavra hifenizada está praticamente ausente das obras de referência do português do Brasil, não constando, por exemplo, do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. A locução fim de semana é registada em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa ou o Aulete Digital - Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa.

É interessante, neste aspecto, comparar a edição brasileira (Ed. Objetiva, 2001) e a portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e verificar que apesar de fim de semana estar registado nas duas edições como locução e não como palavra hifenizada, na edição portuguesa foi acrescentada a observação "também se escreve com hífen".

Relativamente ao que está estipulado nos textos legais que regem a ortografia portuguesa, a regulamentação sobre o uso do hífen é tão vaga que permitiria justificar que grande parte das locuções nominais fosse escrita com hífen. Leia-se, por exemplo, parte do texto da base XXVIII, a respeito de palavras/locuções com a mesma estrutura de fim-de-semana: "Emprega-se o hífen nos compostos em que entram [...] dois ou mais substantivos, ligados ou não por preposição ou outro elemento [...] e em que o conjunto dos elementos, mantida a noção da composição, forma um sentido único ou uma aderência de sentidos. Exemplos: água-de-colónia, arco-da-velha, bispo-conde, brincos-de-princesa, cor-de-rosa". Se aplicarmos estas indicações a fim-de-semana, podemos concluir que esta locução pode corresponder a um sentido único, pois corresponde a um intervalo temporal específico que não se limita a ser o fim de uma semana de trabalho, uma vez que pode a semana pode começar ao domingo e este está incluído no fim-de-semana.

A Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso CUNHA e Lindley CINTRA não se encontra desactualizada, nem está incorrecta. O que acontece é que o ponto de partida desta gramática de 1985 foi a Gramática da língua portuguesa, de Celso Cunha (1972). Apesar de a colaboração de Lindley Cintra ter permitido incluir informação adicional sobre o português de Portugal e um contraste entre as duas normas, alguma informação veiculada segue a tradição lexicográfica do português do Brasil, como parece ser o caso com fim de semana. Citando os autores da referida gramática, "reitere-se que o emprego do hífen é uma simples convenção ortográfica" (p. 107) e, atendendo à sua parca regulamentação nos textos legais, baseia-se essencialmente nas tradições lexicográficas portuguesa e brasileira.

Em conclusão, pode dizer-se que não se trata de uma incorrecção escrever de uma ou de outra forma, pois não há determinação ortográfica que impeça nenhuma delas, tratando-se apenas de uma questão de respeito pela tradição lexicográfica das duas normas. Actualmente, será preferível escrever fim-de-semana no português de norma europeia, e fim de semana no português de norma brasileira, mas é de referir ainda que o Acordo Ortográfico assinado em 1990 (que, saliente-se, não está em vigor) preconiza (na alínea a) do art. 6.º da base XV), a forma fim de semana, ignorando o texto do parágrafo anterior que defende excepções "já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa)".

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Palavra do dia

nes·so·ra |è|nes·so·ra |è|


(nessa + hora)
advérbio

1. [Antigo]   [Antigo]  Nessa hora.

2. [Antigo]   [Antigo]  Nesse ou naquele tempo ou ocasião. = ENTÃO

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in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/partida [consultado em 26-03-2023]