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Definições



partidão

A forma partidãopode ser [derivação masculino singular de partidopartido] ou [nome masculino].

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partidãopartidão
( par·ti·dão

par·ti·dão

)


nome masculino

1. Grande partido.

2. Casamento rico.

3. Boa colocação.

etimologiaOrigem etimológica:partido + -ão.

partidopartido
( par·ti·do

par·ti·do

)


adjectivoadjetivo

1. Dividido em partes.

2. Saído.

3. [Heráldica] [Heráldica] Diz-se do escudo dividido perpendicularmente.


nome masculino

4. União de muitas pessoas para um determinado fim; parcialidade, facção, bando.

5. Rancho.

6. Expediente, recurso, resolução.

7. Trato ou convénio.

8. O território ou lugar onde o médico ou cirurgião tem obrigação de assistir.

9. Distrito ou território de alguma jurisdição ou administração.


bom partido

Proposta vantajosa.

[Popular] [Popular] Casamento rico.

dar partido ao parceiro

Conceder-lhe vantagens antes de começar o jogo.

tirar partido de

Tirar benefício ou lucro de algo ou de alguém (ex.: é preciso saber tirar partido das oportunidades). = APROVEITAR

tomar o partido de

Decidir-se a.

Declarar-se em favor de.

tomar partido

Declarar-se a favor de algo ou alguém (ex.: decidiu não tomar partido e abster-se).

etimologiaOrigem etimológica:latim partitus, -a, -um, particípio passado de parto, -ire ou partior, -iri, dividir, repartir.

Colectivo:Coletivo:Coletivo:coalizão, coligação.
partidãopartidão

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correto pronunciar o -x- da palavra sexta-feira, ou será se[s]ta-feira?
A palavra sexta-feira tem pronúncias diferentes no português europeu e no português do Brasil. Assim, no português europeu, o -x- de sexta é geralmente pronunciado como o -ch- de chá); no português do Brasil, a pronúncia mais usual desse -x- é como o s- de saco.



A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).